Page 97 - Anuário Estatístico da Companhias Abertas 2017/2018

Estatísticas Statistics
CARLOS ANTôNIO MAGALHãES E LUIZ GUILHERME DIAS*
O efeito da recessão no resultado das empresas
Este artigo atualiza o estudo elaborado pela Sabe Consultores em 2016, mostrando que o ano de 2015 foi um dos piores períodos para as companhias listadas
na Bovespa. Pelo ponto de vista econômico, 2016 praticamente não aconteceu: o resultado das empresas ficou no “zero a zero” e a recessão atingiu os bancos.
O desempenho de 308 empresas não financeiras analisadas em 2016 na comparação com o ano anterior foi muito ruim: as receitas líquidas aumentaram míseros 0,31% e em termos reais caíram 5,98%, considerando a inflação medida pelo IPCA; o EBITDA aumentou pífios 3,92%, sinalizando a fraca atividade do ano; os resultados líquidos subiram 19,58%, mascarados principalmente pela queda do dólar e indenizações do setor elétrico; o retorno do acionista (ROE) subiu 1,60%, frustrando investidores e a dívida líquida caiu 3,50%, mas não dá para comemorar porque praticamente ninguém investiu nesse cenário.
Para evitar distorções nos números, o estudo elaborado não considera 10 empresas com resultados extraordinários não recorrentes que foram favorecidas pela queda do dólar (exportadoras) ou por indenizações (setor elétrico), além das duas maiores do mercado (Petrobras e Vale). Foram elas: Fibria, Klabin, Suzano, CEEE-GT, CPFL Geração, Eletrobras, Eletropar e Transmissão Paulista.
RECESSÃO ATINGE OS BANCOS
Pelo lado dos bancos, o quadro é idêntico: o resultado de 26 bancos com ações na Bovespa decepcionou em praticamente
* Carlos Antônio Magalhães, Diretor Técnico da Sabe Consultores. Luiz Guilherme Dias, sócio-diretor da Sabe Consultores.
* Carlos Antonio Magalhães, Technical Director of Sabe Consultores. Luiz Guilherme Dias, Managing Partner of Sabe Consultores.
The effect of the recession on companies result
This article updates the study prepared by SABE Consultores in 2016 showing that the year 2015 was one of the worst periods for the companies listed on the Bovespa. From the economic point of view, 2016 practically did not happen: the companies result was nil and the recession hit the banks.
The performance of 308 non-financial companies analyzed in 2016 compared to the previous year was very poor: net revenues rose by 0.31% and, in real terms, dropped by 5.98%, considering the inflation measured by the IPCA; EBITDA increased by 3.92%, highlighting the weak activity of the year; the net results rose by 19.58%, masked mainly by the drop of the dollar and indemnities of the electric sector; shareholder’s return (ROE) rose by 1.60%, frustrating investors, and net debt dropped by 3.50%, but it’s hard to celebrate because virtually no one invested in this scenario.
To avoid distortions in figures, the study carried out has not considered 10 companies with extraordinary non-recurring results, which were favored by the drop in the dollar (exporters) or by indemnities (electric sector), in addition to the two largest ones in the market (Petrobras and Vale). They were: Fibria, Klabin, Suzano, CEEE- GT, CPFL Geração, Eletrobras, Eletropar and Transmissão Paulista.
RECESSION HITS BANKS
On the banks’ side the picture is identical:
the result of 26 banks with shares in the
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