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Editorial Editorial
ALFRIED PLÖGER*
Investir em inovação para garantir competitividade
Amatéria de capa desta edição é muito oportuna: trata de inovação disruptiva e mostra os desafios e oportunidades para as empresas brasileiras neste cenário em transformação.
Na verdade, esse é um tema sobre o qual devemos estar bem atentos. Recentemente a Confederação Nacional da Indústria (CNI) publicou uma pesquisa mostrando que um a cada três empresários acredita que a indústria precisará dar um salto de inovação nos próximos cinco anos, para garantir a sustentabilidade dos negócios. Os dados da pesquisa acendem um alerta: ou investimos em novas tecnologias ou as nossas indústrias em um breve espaço de tempo, não terão grandes chances de se manter competitivas.
Estamos vivendo um processo de transformações que alguns especialistas estão chamando de “nova revolução industrial”. As inovações tecnológicas estão produzindo um efeito disruptivo no mercado, no modo de produzir e fazer negócios.
Hoje, é praticamente impossível imaginar uma empresa moderna fora do contexto digital. Tecnologia de Informação (TI) para uma empresa se tornou tão fundamental como energia elétrica: sem ela nada funciona.
MUDANÇAS TECNOLÓGICAS
Algumas tecnologias já estão mudando e ampliando a produtividade dos negócios de muitas empresas, processo que deve se ampliar nos próximos anos.
Os chatbots, ou agentes digitais, por exemplo, já são usados por um grande número de companhias. Estas interfaces mudam significativamente a forma como as pessoas e computadores interagem, e de certa forma dispensam pessoas para a obtenção de informações de suporte mais simples ou corriqueiras. No Brasil existe uma grande aderência à ideia do chatbot para fazer algum tipo de transação como emissão de nota fiscal eletrônica integrada a serviços de mensagem como o Messenger, do Facebook.
As grandes empresas de varejo, segurança e atendimento aos clientes, além do setor financeiro, já têm apostado nos bots como forma de ganhar mais eficiência no atendimento aos clientes.
Outra tecnologia relevante é a Inteligência Artificial. Segundo pesquisa realizada pela Salesforce, 83% das empresas que usam alguma forma de Inteligência Artificial nas vendas conseguiram manter seus clientes e 74% conseguiram aumentar a velocidade das vendas.
Investing in innovation to ensure competitivity
The cover story of this issue is very timely: it addresses disruptive innovation and reveals the challenges and opportunities for Brazilian companies in this changing scenario. Indeed, this is a subject to which we should pay careful attention. Recently, the National Confederation of Industry (CNI) published a report showing that one out of every three entrepreneurs believes that the industry will need to take a leap in innovation over the next five years, to ensure the sustainability of businesses. The research data signals a warning: either we invest in new technologies or our industries will soon have little chance of remaining competitive.
We are undergoing a process of transformation that some experts are calling a “New Industrial Revolution”. Technological innovations are having a disruptive effect on the market, on modes of production and ways of doing business.
Today, it is virtually impossible to imagine a modern company outside the digital context. Information Technology (IT) has become as essential to companies as electricity: without it, nothing works.
TECHNOLOGICAL CHANGES
Some technologies are already changing and
expanding the business productivity of many companies, a process that is likely to expand over the coming years.
Chatbots, or digital agents, for example, are already used by a large number of companies. These interfaces significantly change the way people and computers interact, and, to some extent, dispense with people to obtain simpler or more routine auxiliary information. In Brazil there is great adherence to the idea of chatbots performing some kind of transactions such as issuing electronic invoices integrated with messaging services such as Facebook’s Messenger.
The big retail, insurance and customer service companies, as well as those of the financial sector, have already invested in bots as a way of achieving greater efficiency in providing customer services.
Another important technology is Artificial Intelligence. According to a survey conducted by
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