Page 93 - Anuario Abrasca 19_20
P. 93

    Estatísticas Statistics
      CARLOS ANTÔNIO MAGALHÃES E LUIZ GUILHERME DIAS*
Em 2018, indústria se saiu melhor que o setor financeiro
Neste artigo apresentamos os principais indicadores de desempenho das companhias abertas listadas na B3. Para sua elaboração, comparamos os balanços de 2018 com
os de 2017 de 257 companhias financeiras e de 24 companhias financeiras com informações extraídas do Big Data SABE.
Com relação às companhias não financeiras observamos o seguinte desempenho, descontando a inflação medida pelo IPCA: crescimento das receitas de quase 10%, aumento da geração de caixa medida pelo EBITDA perto de 21% e alta expressiva dos resultados líquidos acima de 120%, fortemente influenciada por sete companhias (Ambev, CSN, Eletrobras, Oi, Petrobras, Telefônica Brasil e Vale). Excluindo da lista estas companhias, o acréscimo dos resultados líquidos cai para pouco mais de 22%.
Pela mesma lógica, o endividamento líquido cresceu menos de 1,5%, enquanto que a alavancagem financeira medida pela relação dívida/EBITDA cedeu cerca de 16% para um patamar de 4,5 vezes, embora acima do nível de alerta definido pelo mercado.
Finalmente, o retorno do acionista (ROE) mais que dobrou, aumentando em quase 7 pontos percentuais, devido ao forte crescimento dos resultados líquidos. Excluindo as sete companhias mencionadas, o aumento passa a ser de apenas 2 pontos percentuais.
Pelo lado das companhias financeiras o desempenho observado de 2017 para 2018 não é tão animador: crescimento de menos de 3% dos ativos totais, aumento de 2,6% do patrimônio líquido, queda próxima a 15% das receitas de intermediação financeira e redução de pouco mais de 15% do resultado bruto.
* Carlos Antonio Magalhães é Diretor Técnico da SABE | Inteligência em Ações da Bolsa.
Luiz Guilherme Dias é presidente da SABE | Inteligência em Ações da Bolsa.
In 2018, industry did better than the financial sector
In this article we present the principal performance indicators of the publicly-traded companies listed on the B3. To elaborate it, we compared the balance sheets from 2018 with those of 2017 of 257 financial companies and 24 financial companies with information extracted from Big Data SABE.
With respect to non-financial companies, we observed the following performance, discounting inflation measured by the IPCA: revenue growth of almost 10%, an increase in cash generation measured by EBITDA close to 21% and a significant rise in net results of over 120%, strongly influenced by seven companies (Ambev, CSN, Eletrobras, Oi, Petrobras, Telefonica Brazil and Vale). Excluding these companies from the list, the increase in net results drops to just over 22%.
By the same logic, net indebtedness grew less than 1.5%, while financial leverage measured by the debt/EBITDA ratio fell roughly 16% to a level of 4.5 times, but above the alert level defined by the market.
Finally, shareholder return (ROE) more than doubled, increasing by almost 7 percentage points, due to the strong growth of net results. Excluding the seven companies mentioned, the increase was only 2 percentage points.
With respect to the financial companies, the performance observed from 2017 to 2018 is not as encouraging: growth of less than 3% of total assets, a 2.6% increase in net equity, an almost 15% decline in revenue from financial intermediation and a decrease of just over 15% in the gross balance.
*Carlos Antonio Magalhães is the Technical Director of SABE. Luiz Guilherme Dias is the Director of SABE | Inteligência em Ações da Bolsa.
 93
        















































































   91   92   93   94   95