Page 153 - CIÊNCIAS DA NATUREZA
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            FORÇA DE ATRITO (FAT)
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Capítulo 14 - Leis de Newton 3
Coeficiente de atrito (μ) é um número que está diretamente relacio- nado com esses pontos de aderência. Ele pode ser estático (μE) ou Dinâmico (μD). O coeficiente de atrito estático é utilizado quando o objeto está em re- pouso. No entanto, existe alguma força querendo retirá-lo do repouso. Exem- plo: uma pessoa tenta movimentar uma geladeira, mas permanece em repou- so. Já o coeficiente de atrito dinâmico (que também é denominado coeficiente atrito cinético) é aquele que é utilizado quando o corpo já está escorregando sobre a superfície. Assim, quando um carro freia com suas rodas travadas, o coeficiente de atrito entre os pneus e a superfície é dinâmico (ou cinético). De forma experimental, podemos afirmar que:
μE >μD
Por conta dessa relação, surgi- ram os freios ABS, que é um importan- tíssimo sistema de segurança. Ele não permite que as rodas do veículo travem, escorregando sobre a superfície (caso de atrito dinâmico). Ele faz com que as rodas permaneçam sempre girando, de modo que a velocidade relativa entre o ponto de contato do pneu e da superfí- cie seja zero (caso de atrito estático).
Com o que foi visto até agora, podemos afirmar que:
A força de atrito possui:
i. Direção: paralela à superfície;
ii. Sentido: contrário ao escorregamen- to ou a tendência do escorregamento.
Falta analisarmos o módulo da força de atrito. Além do coeficiente de atrito, devemos perceber que ela é di- retamente proporcional à força normal. Um exemplo bastante prático, seria comparar a força exercida para fazer- mos um caderno escorregar sobre uma mesa, com aquela necessária para fazer escorregar uma pilha de cadernos. Cla- ramente, esta força deverá ser maior do que aquela.
Para calcularmos o módulo da força de atrito, temos basicamente duas manei- ras:
1a: Fat = μ.N
  A força de atrito é aquela que surge quando uma superfície escorre- ga (ou tem a tendência de escorregar) sobre a outra. Essa força está presente quando andamos, quando um veículo se move, quando esfregamos as mãos.
Essa força tem origem em dois fatos: a rugosidade entre as superfícies e as interações entre os átomos do ob- jeto e da superfície. Para um melhor entendimento, vamos imaginar uma caixa em repouso sobre uma superfície. A imagem abaixo mostra (de forma am- pliada) as deformações existentes entre as superfícies.
 http://efisica.if.usp.br/mecanica/basico/atrito/origem/
Essas deformações, quando se encaixam, formam pontos de aderência. Então, caso alguém exerça uma força no sentido que essa caixa deslize hori- zontalmente, estes pontos de aderência dificultam que essa caixa se mova para- lelamente ao plano.
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2a FR = m.a
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