Page 176 - Cabalá Hermética
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CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 05 – TIPHERET, GEBURAH E CHESED
O símbolo do planeta Marte
O símbolo do planeta Marte é justamente uma seta, símbolo direcio- namento da força, tal qual uma flecha. Esta seta sai do círculo: símbolo do plano espiritual, da criação no que ela tem de mais elevado, em suas frequências mais superiores. Esta seta é direcionada para o alto, tal qual o arqueiro direciona a flecha para cima, a fim de que ela encontre os céus e o horizonte. Assim, podemos inferir que Marte está longe de representar o guerreiro bárbaro que mata indiscriminadamente, apenas pelo prazer do poder de subjugar, ou para saciar seus desejos mundanos e egoístas. É possível que estejamos falando de um outro guerreiro, um cavaleiro, que luta por seus ideais e para proteger os indefesos em nome da honra e dos ideais mais elevados do universo.
3.4. Funções de Geburah
É muito complicado entender a verdadeira natureza de Geburah e suas funções tão elevadas e essenciais no Plano Divino. Fortune (1995) ex- plica que:
Geburah ocupa a posição central do Pilar da Severidade; representa, por conseguinte, o aspecto catabólico ou destrutivo da força. O cata- bolismo, convém recordar, é aquele aspecto do metabolismo, ou do pro- cesso vital, que se relaciona com a liberação da força na atividade. Já se disse que o Bem é o que é construtivo e edificador, e o Mal é o que é destrutivo e demolidor. Podemos ver quão falsa é essa filosofia se ten- tamos classificar, de acordo com esse princípio, um câncer a um desin- fetante. No ensinamento mais profundo e mais filosófico dos Mistérios, reconhecemos que o Bem e o Mal não são coisas em si, mas estados. O Mal é simplesmente uma força que não está sem lugar; se deslocada no tempo, fora de sua época, está tão longe de sua meta que se tor- na inútil. Deslocada no espaço, se se manifesta no lugar errado, como, por exemplo, uma brasa no tapete da lareira ou a água do banhei- ro no forro da sala de estar. Se deslocada, quanto às proporções, um excesso de amor, por exemplo, nos torna tolos e sentimentais; já uma falta de amor nos torna cruéis e destrutivos. É em tais coisas que re- side o Mal, não num demônio pessoal que age como um adversário.
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