Page 213 - Cabalá Hermética

CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 03 – A ÁRVORE DA VIDA E A QUEDA ADÂMICA
Dessa forma, Binah atua em tudo o que existe o tempo todo, em cada respiração humana, em cada feixe de luz do arco-íris, em cada gota de mel que uma abelha produz. Binah é quem, além da FORMA, gera a ESTABILIDADE, a fim de que as energias de altíssima vibração, que são produzidas pela realidade divina, consigam produzir um espelho, por onde enxergamos todas as maravilhas do criador quando vislumbra- mos aquilo que chamamos de “suas obras".
O mundo da forma Sobre Binah, Fortune (1995) dirá:
“Binah, a Grande Mãe, chamada às vezes de Marah, o Grande Mar, é, naturalmente, a Mãe de Toda Vida. Ela é o útero arquetípico por meio do qual a vida vem à manifestação. Tudo que fornece uma força para servir a vida como um veículo provém dela. Devemos lembrar, contudo, que a vida confinada numa força, embora seja capaz de organizar-se a desenvolver-se, é muito menos livre do que era quando ilimitada (em- bora também desorganizada) em seu próprio plano. Incorporar-se numa forma é, por conseguinte, o início da morte da vida. É uma limitação a um encarceramento; uma sujeição a uma constrição. A forma limita a vida, aprisiona-a, mas, não obstante, permite-lhe organizar-se. Visto desse ponto de vista da força livre, o encarceramento numa forma é ex- tinção. A forma disciplina a força com uma severidade sem misericórdia".
Por isso, Binah encontra-se justamente no Pilar da Severidade. O pro- cesso de contenção das energias da vida no plano da FORMA demanda um inacreditável esforço e muita força. A restrição de Binah é a travessa do bolo, onde colocamos a massa, todos os ingredientes, a fim de que a cocção possa transformar os elementos desorganizados e aparentemente desprovidos de propósito em algo novo, em algo que traduz um propósi- to e se ergue em uma nova realidade. Sua cor é negra porque representa a “Noite Universal", as trevas que precederam a primeira luz.
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