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11.26).


          A COMUNHÃO E A SANTA CEIA


                A comunhão com Cristo também denota comunhão com o seu
          corpo, a Igreja. O relacionamento vertical entre os crentes e o Senhor é
          complementado pela comunhão horizontal de uns com os outros. Uma
          comunhão tão perfeita com os nossos irmãos e irmãs em Cristo exige o
          rompimento de todas as barreiras (sociais, econômicas, culturais, etc.)
          e o ajustamento de qualquer detalhe que tenta destruir a verdadeira
          união.
          Somente assim a Igreja poderá genuinamente participar (ou ter
          koinonia) do corpo (1 Co 10.16,17). Esta verdade é vividamente
          ressaltada por Paulo, em 1 Coríntios 11.17-34, uma ênfase importante
          do apóstolo nessa passagem é o exame que os crentes devem fazer da
          sua conduta e motivos espirituais antes de participar da Ceia do Senhor
          — levando em conta sua atitude para com o próprio Senhor e também
          para com os demais membros do corpo de Cristo.



          OS ELEMENTOS DA CEIA,

                Quando nos reunimos à mesa do Senhor cremos que Cristo Jesus
          encontra-se espiritualmente conosco nessa reunião de comunhão (Mt
          18.20). Entretanto, isso não significa que o pão será transformado
          literalmente no corpo de Cristo e que o vinho será transformado
          literalmente no seu sangue.
          Tendo Jesus ministrado pessoalmente os dois elementos aos seus
          discípulos, fica cabalmente demonstrado que as expressões “Isto é o
          meu corpo” e “isto é o meu sangue” não são literais, mas referem-se a
          uma linguagem metáforica. (1 Cor. 5. 8).
          Nesse sentido é que dizemos que os elementos da Ceia do Senhor
          simbolizam o corpo de Cristo, como figuradamente o nosso Senhor
          falou aos seus discípulos (Lc 22.19,20). Ou seja, o pão continua sendo
          “pão” e o suco de uva continua “suco de uva”. Entretanto, em nós está
          a lembrança da suficiência do sacrifício de Jesus, a certeza da presença
          dEle e a esperança de que um dia estaremos para sempre com o Senhor:
          “Em memória de mim” — disse Jesus.
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