Page 20 - Anuário Estatístico da Companhias Abertas 2017/2018

Retrospectiva Retrospective
Sinais de estabilidade surgem em 2017
Ao que tudo indica o cenário para a economia brasileira em 2017 será mais promissor do que foi no ano passado. Aos poucos, o Brasil começa a retomar a estabilidade. A inflação
e os juros caíram substancialmente nos últimos meses e aos poucos aparecem os primeiros sinais de equilíbrio econômico. A projeção do Banco Central é de crescimento de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano e de 2,5% em 2018.
No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,6% contra -3,8% em 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o total de bens produzidos no país somou R$ 6.266,9 bilhões. A taxa de investimento caiu para 16,4%, contra 18,1% em 2015, e a de poupança, de 14,4% para 13,9% no final de 2016. O PIB per capita recuou 4,4% em termos reais, alcançando R$ 30.407. Este indicador, calculado pelo IBGE, é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no país.
DESEMPENHO SETORIAL
O recuo da atividade econômica em 2016 se refletiu no desempenho das três atividades que compõem o PIB: agropecuária (-6,6%), indústria (-3,8%) e serviços (-2,7%). O decréscimo da agropecuária decorreu, principalmente, do desempenho da agricultura. De acordo com os analistas do IBGE, culturas importantes da lavoura registraram queda na produção e na produtividade, principalmente nas culturas de milho (-25,7%), cana de açúcar (-2,7%) e soja (-1,8%).
O resultado da indústria foi puxado pela queda nos segmentos extrativo mineral, construção e transportes. O destaque positivo foi o desempenho do segmento de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, que cresceu 4,7%; no entanto a alta ocorreu muito mais pela baixa base de comparação em relação a 2015. A indústria de transformação, por sua vez, teve queda de 5,2% no ano influenciada, principalmente, pela redução na atividade dos setores de máquinas e equipamentos, automotivo, metalurgia, alimentos e bebidas, móveis e produtos de metal, borracha e plástico. A construção civil sofreu contração de 5,2%, enquanto que a extrativa mineral acumulou recuo de 2,9%, influenciada pela queda no segmento de minérios ferrosos.
No setor de serviços, a atividade de transporte, armazenagem e correio caiu 7,1%, seguida por comércio (-6,3%), outros serviços (-3,1%), serviços de informação (-3,0%) e intermediação financeira e seguros (-2,8%). As atividades imobiliárias variaram positivamente 0,2%, enquanto administração, saúde e educação públicas (-0,1%) ficaram praticamente estáveis em relação ao ano anterior.
Signs of stability appear in 2017
Apparently, the scenario for the Brazilian economy 2017 will be more promising than it was last year. Gradually, Brazil has begun to regain stability. Inflation and interest rates have fallen substantially in recent months and, little by little, the first signs of economic equilibrium appear. The Central Bank projection is for a growth of 0.5% of the Gross Domestic Product (GDP) this year and 2.5% in 2018.
Last year, the Gross Domestic Product (GDP) dropped by 3, 6% against -3.8% in 2015, according to data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). In current values, the total of goods produced in the country totaled R$ 6,266.9 billion. The investment rate dropped by 16.4%, against 18.1% in 2015, and the savings rate from 14.4% to 13.9% at the end of 2016. GDP per capita dropped by 4.4% in real terms, reaching R$ 30,407. This indicator, calculated by the IBGE, is defined as the division of the current GDP value by the population resident in the country.
SECTORAL PERFORMANCE
The decline in economic activity in 2016
was reflected in the performance of the three activities that make up the GDP: agriculture (-6.6%), industry (-3.8%) and services (-2.7%). The decrease in agriculture was mainly due to the agriculture performance. According to IBGE analysts, important crops showed a decline in production and productivity, especially in corn (-25.7%), sugarcane (-2.7%) and soybean (-1.8 %).
The result of the industry was pulled by the drop in the mineral extractive, construction and transport segments. The positive highlight was the performance of the electricity and gas, water, sewage and urban cleaning segments, which grew by 4.7%, but the increase occurred much more because of the low comparison base compared with 2015. In turn, manufacturing industry dropped by 5.2% along the year, mainly due to the reduction in the activity of the machinery and equipment, automotive, metallurgy, food and beverages, furniture and metal, rubber and plastic products sectors. Civil Construction suffered a contraction by 5.2%, while the
20