Page 62 - Anuário Estatístico da Companhias Abertas 2017/2018

Desempenho setorial Sectorial performance
Empresas continuam cautelosas nos investimentos
A continuidade da recessão econômica em 2016, com retração de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB), inibiu mais uma vez os investimentos das companhias abertas brasileiras.
Grande parte dos setores analisados na sondagem realizada pela equipe do Anuário mostra que poucos aumentaram os investimentos, enquanto a maioria reduziu os gastos ou manteve o mesmo patamar do ano anterior.
A sondagem, realizada no primeiro quadrimestre deste ano, reúne dados sobre investimento nos últimos anos e estimativa para 2017 de 137 companhias com ações negociadas na B3. As informações foram confirmadas pelas diretorias das próprias empresas.
Dos 21 setores avaliados, apenas oito apresentaram melhora na estimativa de investimento para 2017: Açúcar e Álcool, Educação, Energia Elétrica, Máquinas e Equipamentos, Holdings, Mineração, Saneamento e Tecidos. A maioria das empresas dos 13 setores restantes não divulgou projeção, alegando cautela em relação às perspectivas para a economia este ano.
REDUÇÃO NOS INVESTIMENTOS
Entre os setores que vão investir menos em 2017, o destaque é para Papel, Celulose e Madeira. As seis empresas do segmento vão aplicar, no total, R$ 8,6 bilhões, contra R$ 12 bilhões, em 2016. Nesse mesmo ritmo, o setor de Petróleo, Gás e Derivados registrou um decréscimo de 32,16%.
O setor Transporte e Logística não espera grandes mudanças este ano. Das 11 empresas deste segmento, cinco não divulgaram projeções, três mostraram uma leve melhora e três reduziram os gastos. A exceção foi a CCR, que pretende investir R$ 4,5 bilhões em 2017 contra R$ 3,8 bilhões, em 2016. A mesma descrença do segmento de transporte foi verificada nos setores de Telecomunicações, Siderurgia e Metalurgia e Construção Civil e Mercado Imobiliário.
Na relação das empresas que irão investir menos, o destaque é da Aliansce Shopping Center (-77,66%), seguida pela Klabin (-60,3%), Randon Participações (-50,3%), Celesc (-45,7%) e Copel (-43,09%).
Apesar de não estar entre as dez empresas que vão investir menos, a Petrobras também reduziu a projeção para esse ano. O novo Plano
Companies remain cautious in investments
The continuation of the economic recession in 2016, with a 3.6% decrease in the Gross Domestic Product (GDP), once again inhibited the investments of Brazilian publicly-held corporations. Most of the sectors analyzed in the survey conducted by the Yearbook team show that a few people increased investments, while the majority reduced the expenses or remained at the same level as the previous year.
The survey, conducted in the first four months of this year, gathers data on investment in recent years and estimates for 2017 of 137 companies with shares traded on B3. The information was confirmed by the boards of directors of the companies.
Of the 21 sectors evaluated, only eight showed an improvement in the investment estimate for 2017: Sugar and Alcohol, Education, Electric Power, Machinery and Apparatuses, Holdings, Mining, Sanitation and Fabrics. Most of the companies in the remaining 13 sectors did not divulge projections alleging caution about the perspectives for the economy this year.
REDUCTION OF THE INVESTMENTS Among the sectors that will invest less in 2017 we should stress Paper, Pulp and Wood. The six companies of the segment will invest, in total, R$ 8.6 billion, against the R$ 12 billion, in 2016. At the same pace, the sector of “Oil, Gas and Derivatives” registered a decrease by
32.16%.
The sector “Transportation and logistics”
does not expect big changes this year. Of the 11 companies in this segment, five did not divulge projections, three showed a slight improvement and three reduced expenses. The exception was the CCR that intends to invest R$ 4.5 billion in 2017 against R$ 3.8 billion in 2016. The same disbelief of the transport segment was verified in the sectors of Telecommunications, Steel Industry and Metallurgy, and Construction and Real Estate Market.
Among the companies that will invest less, we should stress Aliansce Shopping Center (-77.66%), followed by Klabin (-60.3%), Randon Participações (-50.3%), Celesc (-45% 7%) and Copel (-43.09%).
Although it is not among the 10 companies that will invest less, Petrobras has also reduced its projection for this year. The new Business Plan 2017/2021, which totals US$ 74.5 billion, is by 24.29% lower than the US$ 98.4 billion in the period 2015/19. Of the estimated amount, US$ 61.3 billion will be invested in exploration and production; US$ 12.1 billion in refining and
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