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Portimão Sinopse








                  5. História e Património




                         Portimão


                         O  núcleo  urbano  de  Portimão  nasceu  na  margem  direita  do  rio  Arade  e
                  desenvolveu-se a partir de uma ocupação que teve início no século XV, possivelmente a

                  partir  de  1463  quando  D.Afonso  V  concedeu  autorização  para  a  fundação  de  uma
                  povoação  –  São  Lourenço  da  Barrosa.  Progressivamente  obteve  um  certo  grau  de

                  autonomia administrativa e judicial desvinculando-se da jurisdição do termo de Silves.

                         Entre  1467  e  1475  foi  elevada  a  vila  por  D.  Manuel  I.  Em  1504  o  mesmo  rei
                  atribui-lhe foral.

                         No  decorrer  do  século  XVI  dotada  de  uma  panóplia  de  potencialidades  torna-se
                  num dos três centros polarizadores da economia Algarvia juntamente com Faro e Tavira.

                  Acha-se dotada de uma produção excedentária de produtos agrícolas, píscicolas, e ainda
                  possuidora de uma importante actividade naval.

                         Do  seu  porto  foram  escoados  os  excedentes  agrícolas  dos  concelhos  de  Lagos,

                  Albufeira, Silves e Monchique, registando neste período uma intensa actividade comercial.
                         Tratando-se efectivamente de um local de fácil acesso, procedeu-se à construção de

                  muralhas que cobriam todo o núcleo urbano e delimitavam um polígono irregular com 6,5
                  ha.

                         Ao  longo  dos  tempos  a  estrutura  muralhada  sofreu  diversas  mutações;  a  vila
                  extravasou intramuros a partir de três eixos – Porta da Ribeira – Porta da Serra e Porta de

                  S. João.

                         Todo este dinamismo viria a ser afectado nos séculos XVII e XVIII pela sucessão
                  de crises agrícolas, que via de regra, «começavam por um período de seca a que se seguia

                  a  perda  de  colheitas,  a  carestia,  dificuldades  alimentares,  culminando  no  aumento  da

                  mortalidade», Romero Magalhães (1988), pestes e terramotos.
                         Vila Nova de Portimão atraiu a atenção de Marquês de Pombal, que a quis elevar a

                  cidade e sede de um novo bispado. Contudo, com a morte do rei D. José I os objectivos do
                  Marquês não se concretizaram. E assim, os Portimonenses tiveram de esperar quase dois

                  séculos para assistirem à elevação da sua povoação a cidade.


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                                                Câmara Municipal de Portimão
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