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Portimão Sinopse
Desconhece-se a data de construção desta igreja, no entanto, no exterior do edifício
observam-se várias inscrições sepulcrais bastante antigas, junto às duas portas, sendo a da
porta lateral, de Amador Gomes com data de 1591.
Horta Correia no seu livro A Arquitectura Religiosa do Algarve de 1520 a 1600,
menciona a igreja matriz de Mexilhoeira Grande com características próprias deste
período, apontando como data provável o período de 1520 a 1540.
No interior da igreja observam-se três naves com cobertura de madeira e quatro
tramos espaçados (sensivelmente dois metros e meio) formados por colunas grossas e
baixas de capitéis com volutas, ábaco recto e cálato também extraordinariamente baixo e
acanelado, sobre os quais repousam arcos de perfil boleado. As colunas ostentam bases e
capitéis lavrados.
A capela-mor é coberta por uma abóbada de arcos paralelos de pedra, assentes em
mísulas, inseridas nas colunas laterais.
Na decoração do intradorso do arco cruzeiro constam pedras de armas de leão
rompante (dos Castelo Branco, conde de V.N. de Portimão) no fecho, e elementos
naturalistas, águias, vasos, serpentes, aves, cabeças de anjos e ornatos vegetalistas
simétricos.
A capela do Santíssimo, cujo arco é decorado de capitéis jónicos, ostenta um alto
relevo, em muito mau estado, que representa o Pai Eterno e dois baixos relevos, em que
figuram S. Pedro e S. Paulo.
Ao fundo da igreja vislumbra-se uma tela da Assunção de Nossa Senhora, da
autoria do Padre António José Nunes da Glória, que aqui foi pároco, provavelmente de
4/7/1872 a 26/10/1882.
Igreja da Misericórdia de Mexilhoeira Grande
A igreja da Misericórdia de Mexilhoeira Grande localiza-se na rua Francisco Bívar.
Não se sabe ao certo a data da sua fundação, no entanto, no seu interior existem
quatro pinturas sobre carvalho possivelmente executadas no final do século XVI.
O edifício caracteriza-se por uma grande simplicidade das linhas arquitectónicas.
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Câmara Municipal de Portimão