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Para que Tempo?

                                      Soneto


                          Se não espera por ninguém,
                          Nessa busca desenfreada
                          Que nunca passa,
                          Como sinfonia miserável.


                          Cada vez mais ligeiro,
                          Tal qual águas passadas
                          Que “não movem moinho”,
                          Esquecido em berço intocável.



                          Para que tempo
                          Que gira sem parar
                          Como ciranda incansável?


                          Para que tempo,
                          Se acompanhar
                          É impossível!
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