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Fundamenta-se no estudo de propriedades da fração fina do solo por meio
                            de ensaios da MCT e das propriedades de suporte e expansão e
                            resistência dos grãos por meio do estudo de sua fração grossa por
                            ensaios tradicionais. Entende-se que os grãos maiores inertes são
                            responsáveis pela transmissão dos esforços e a fração fina pelo
                            comportamento das propriedades da camada compactada ao
                            longo do tempo.
                  Ressalta-se que Villibor e Nogami (1981) haviam preconizado o uso
                            desses conceitos ao propor procedimentos para o estudo de
                            solo laterítico-agregado para utilização em bases de pavimen-
                            tos de muitas rodovias do estado de São Paulo.
                  Muitos técnicos que militam na área rodoviária também já utilizam esses
                            conceitos para verificar a granulometria desses solos, bem como
                            a MCT, para verificar a qualidade de seus finos, em especial,
                            quanto ao seu comportamento laterítico ou não, além de carac-
                            terísticas mecânicas e hídricas.
                  Assim, a Classificação G-MCT fundamenta-se nos seguintes conceitos:

                             •  Definição dos tipos granulométricos do solo integral;
                             •  Classificação MCT da fração que passa na peneira de
                                2,00 mm, obtida da amostra integral.

                  4.5.2  Programa de Ensaios


                  Ressalta-se a importância inicial de uma classificação visual-tátil das
                            amostras de uma ocorrência, para identificar se ela é consti-
                            tuída de solos de granulação grossa. Essa informação servirá
                            como orientação para o programa de estudo da classificação
                            proposta.

                  Para a classificação G-MCT, a amostra original com 50 kg deve ser prepa-
                            rada conforme ABNT – NBR 6457:2016, visando ao procedi-
                            mento classificatório, que constará de duas fases, a saber:
                             •  Fase 1: determinação dos tipos granulométricos específi-
                                cos, para a G-MCT, utilizando ¾ da amostra de solo origi-
                                nal; e
                             •  Fase 2: classificação do solo por meio da MCT. A deter-
                                minação é realizada com a fração que passa na peneira
                                de 2,00 mm, por peneiramento de ¼ da amostra de solo
                                granular.
                  A Fase 1 consiste na análise granulométrica do solo (ABNT-NBR 7181:2016),
                            de acordo com a porcentagem de material que passa nas




                                                          4  classificação de solos tropicais         65 65
   60   61   62   63   64   65   66   67   68   69   70