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Arquitetura e Urbanismo, Ciências Econômicas,
entre outras. Com a expertise adquirida na área
e sendo ainda um grande influenciador, Mário
Palmério colaborou para a criação da Faculda-
de de Medicina do Triângulo Mineiro cedendo, “ Com apenas 32 anos, já era
inclusive, seu espaço para as primeiras turmas.
Esta Faculdade se transformou em 2005 na Uni- reconhecido como empreendedor,
versidade Federal do Triângulo Mineiro. administrador e proprietário de
Só essas grandes realizações seriam sufi-
cientes para eternizá-lo como um dos maiores várias escolas e uma faculdade.
empreendedores do ensino no Brasil. Todavia, “
Mário Palmério foi muito além e se destacou em
nível nacional em outras áreas, como a política
e a cultural.
Na área política foi um dos fundadores do
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro, em 1950,
quando foi eleito deputado federal com a segun-
da maior votação de seu partido em Minas Ge-
rais. Vencedor em mais duas eleições posterio-
res, conseguiu exercer o mandato por três vezes
consecutivas.
Não logrou êxito na eleição municipal
de Uberaba em 1970 quando foi eleito Arnaldo
Rosa Prata. Sua última campanha para voltar à
Câmara dos Deputados se deu em 1994, concor-
rendo com outros sete candidatos, entre eles,
Wagner do Nascimento. Desta vez o vencedor foi
Hugo Rodrigues da Cunha.
Em 1962, ao final de seu terceiro mandato,
foi nomeado embaixador do Brasil no Paraguai
onde permaneceu até abril de 1964, data em
que foi iniciada a revolução militar que depôs
Mário Palmério (centro) em encontro histórico com o ex-presidente Juscelino Kubitschek
o presidente Jango Goulart. Foi neste país que e o ex-prefeito de Uberaba Jorge Furtado
se descobriu Mário Palmério como compositor.
A música Saudade foi sua composição mais des-
tacada. Esta guarânia obteve um sucesso estron-
doso sendo divulgada por meio de gravações de
centenas de intérpretes não apenas no Brasil,
mas também em diversos países.
Como escritor Mário Palmério publicou
dois romances em sua vida literária - Vila dos
Confins e Chapadão do Bugre. Vila dos Confins
foi lançado em 1956, quando o escritor comple-
tou 40 anos. O que “inicialmente era um rela-
tório, cresceu crônica e acabou romance”, nas
palavras de Edmar C Alves. Segundo Paulo F.
Silveira, este “relatório” foi preparado para ser
apresentado na Câmara Federal para denunciar
as maquinações eleitoreiras do interior minei-
ro. Chapadão do Bugre veio à lume nove anos
depois. Escreveu este livro em sua fazenda em
Mato Grosso. O sucesso foi tanto que o livro se
tornou minissérie na TV Bandeirantes em 1988,
tendo sido reprisada em 1996. Mário Palmério - décadas de 40 e 90
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