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OPINIÃO | por Eli Sousa

As lições da pandemia

o longo dos últimos meses o povo bra- Bolsonaro, de centro, que sonha chegar ao
sileiro tem convivido com uma série de poder com algum de seus representantes, e da
Aerros que pode ser o motivo de o país esquerda que ganha fôlego e sobrevida com
estar próximo de adentrar ao segundo semestre o ressurgimento do ex-presidente Lula – se
de 2021 sem que haja uma luz no fim do túnel porem à mesa da negociação e fumarem o
no que concerne à solução do grave problema cachimbo da paz em nome do bem estar da
da pandemia do novo coronavírus que pode população brasileira.
chegar a meio milhão de vítimas fatais ainda O nosso povo não pode mais ficar assistindo
antes do fim do ano. impávido a esse festival de abobrinhas protago-
Assistimos estarrecidos, mês a mês, autori- nizado por aqueles que deveriam liderá-lo, sob
dades brasileiras, de todas as esferas públicas, pena de chegar uma terceira onda da Covid-19
proferindo declarações nada condizentes com o no país e o governo brasileiro e as suas autori-
grave momento atravessado pelo planeta. Foram dades sanitárias não terem, ainda, conseguido
falas para desacreditar a ciência e enaltecer o encontrar uma solução para conter essa segunda
negacionismo, tudo parecendo uma política onda que tem dizimado milhares de vidas todos
orquestrada visando influenciar o resultado do os dias em todos os rincões desse Brasilzão de
processo eleitoral que se realizará em outubro dimensões continentais.
do ano vindouro.
Pior do que o negacionismo assumido por
importantes peças da República foram as decla-
rações mal dadas que colocam em dúvida a
idoneidade da China, maior parceiro comercial
do país e grande responsável pela economia
brasileira ainda estar de pé 17 meses depois do
surgimento do vírus que não tem respeitado
classe social, faixa etária, credo, etnia, enfim,
chega e onde chega vai matando ou deixando
sérias sequelas.
Afirmações oficiosas, com nuanças de decla-
rações diplomáticas, oficiais, agredindo a China
com acusações de que o vírus letal poderia ter
sido produzido em seus laboratórios colocaram
o país na defensiva e, hoje, se nota uma grande
dificuldade para o Instituto Butantan conseguir
importar o IFA – Ingrediente Farmacêutico Ativo
– só produzido pelos chineses e com ele fabricar
as milhões de doses de Coronavac que estão
fazendo tanta falta em todas as regiões do país. Eli Sousa
Está mais do que na hora de as autoridades
brasileiras - de direita, apoiadora do presidente Diretor

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