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Opinião - 10.º ano… Fomos ao Teatro



















































             No dia 26 de fevereiro, tive a oportunidade de assistir, no âmbito de uma visita de estudo da

         disciplina de Português, a uma das peças mais brilhantes e icónicas – por ser das mais desen-
         volvidas – daquele que é considerado por Almeida Garrett o «pai do Teatro português»: a Farsa
         de Inês Pereira, de Gil Vicente. Encenada por Maria do Céu Guerra, a atuação teve lugar no tea-
         tro “A Barraca”, em Santos, e foi levada a cabo pelo elenco que incluía, entre outros, Catarina
         Santana, Daniela Feio e Fernando Pires Júnior.

         Esta peça é caracterizada, principalmente, pela evolução e complexidade da protagonista, sendo
         considerada uma das melhores criações vicentinas. Os cómicos (na sua maioria feitos através
         das personagens de Pero Marques, dadas as suas simplicidade, ingenuidade e linguagem rústi-
         ca; e do Escudeiro, com o seu duplo caráter) e a sátira dos vícios sociais da época são os aspe-
         tos mais importantes da obra, pelo que requerem um bom retrato das personagens, para que o
         público os identifique.

         Considero que, neste caso específico, esse retrato foi bem concretizado, nomeadamente o de
         Pero Marques, que se revelou bastante fiel à imagem que tinha durante a leitura da peça. Agra-
         dou-me particularmente a representação, uma vez que todos os processos de cómico foram evi-
         denciados, talvez até mais do que numa leitura no contexto de sala de aula. A atuação revelou-
         se, assim, muito dinâmica, tendo incluído o público em várias ocasiões, o que se tornou extrema-
         mente apelativo.


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