Page 47 - IMPACTO EDIÇÃO 114
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Brilhante é muito agricultável e com a cana-
            -de-açúcar tomando espaço do milho e da
            soja para abastecer as três usinas, houve um
            aumento no número de empregos no muni-
            cípio. “Com cerca de 2 mil a 3 mil empregos
            diretos e indiretos ainda assim há mão-de-obra
            obsoleta no município. Precisamos industriali-
            zar os produtos que tem no nosso município,
            pois isso faz falta e provoca a evasão de divisas
            que deveriam ficar no município”, enfatiza.
               Sobre o município de Rio Brilhante em
            si, ele a coloca como polo central do desen-
            volvimento em Mato Grosso do Sul. “A cida-
            de fica a 60km de Dourados e 160km de
            Campo Grande. Está geograficamente bem          Empresário David Vincensi durante entrevista na Diamante FM
            no centro do Estado. Podemos dizer que
            é o centro do Estado, com cerca de 40 mil       ou se têm medo de falar. Quando vão fazer
            habitantes”, aponta.                            campanha prometem e quando é para falar
               David Vincensi já foi vereador em Rio        não cobram”.
            Brilhante. “Poderíamos ter feito mais, mas         David Vincensi considera que para o Mato
            vereador é para legislar, então trabalhamos     Grosso do Sul avançar é preciso investir na
            junto com a prefeitura municipal para criar     industrialização para agregar valor ao que
            projetos em cima do social, principalmente,     é produzido aqui, pois o Estado manda pra
            buscando atender os mais necessitados de        fora a matéria prima e compra de volta o
            todos os setores, assim como no esporte, na     produto industrializado.
            saúde, entre outros setores” diz.                  “Eu não sei em que posição o Estado está,
               Quanto ao seu interesse de disputar as       mas a safra de milho, soja, a criação de boi,
            eleições 2022, ele frisa que deseja deixar o    nós temos que industrializar para dar mão
            seu legado para o Mato Grosso do Sul. “Está     de obra para esse povo. Em Corumbá, temos
            faltando seriedade para muita gente. Temos      o ferro que sai para Caxias do Sul e para
            que fazer uma coisa mais séria, com mais        outros lugares. Porque não industrializar o
            comprometimento com os nossos filhos,           coro do boi, o algodão, são produtos que
            nossos netos e o nosso povo. Eu não sei         se houvesse a industrialização, agregaria
            se eles pensam individualmente, eu vejo         valor ao que aqui é produzido, trazendo
            por exemplo, quando se sai pela BR-163 é        mão-de- obra, geração de emprego e renda.
            a mesma coisa. Fizeram um contrato com          Tudo vai para fora, não temos indústrias no
            a CCR-MS/Vias para 20 anos e vemos que          Mato Grosso do Sul. Não temos a industria-
            foi feito pouco investimento na melhoria        lização do minério, não temos de algodão.
            da rodovia, mas os pontos de pedágios           Isso precisa mudar” sentencia.
            funcionam normalmente. A duplicação foi            Em Corumbá, segundo David Vincensi, “o
            feita em pequenos trechos. Quando saímos        minério dá para fazer asfalto, panela e onde vai
            de Dourados para Campo Grande levamos           esse resto não dá para plantar nada. Estamos
            cerca de meia hora para entrar e meia hora      fazendo estudo sobre esse material e tem
            para sair da cidade. Ninguém faz a dupla,       diversos produtos que podem ser feitos com
            ninguém pede, não sei se têm o rabo preso       o ferro” finaliza.



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