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Brilhante é muito agricultável e com a cana-
-de-açúcar tomando espaço do milho e da
soja para abastecer as três usinas, houve um
aumento no número de empregos no muni-
cípio. “Com cerca de 2 mil a 3 mil empregos
diretos e indiretos ainda assim há mão-de-obra
obsoleta no município. Precisamos industriali-
zar os produtos que tem no nosso município,
pois isso faz falta e provoca a evasão de divisas
que deveriam ficar no município”, enfatiza.
Sobre o município de Rio Brilhante em
si, ele a coloca como polo central do desen-
volvimento em Mato Grosso do Sul. “A cida-
de fica a 60km de Dourados e 160km de
Campo Grande. Está geograficamente bem Empresário David Vincensi durante entrevista na Diamante FM
no centro do Estado. Podemos dizer que
é o centro do Estado, com cerca de 40 mil ou se têm medo de falar. Quando vão fazer
habitantes”, aponta. campanha prometem e quando é para falar
David Vincensi já foi vereador em Rio não cobram”.
Brilhante. “Poderíamos ter feito mais, mas David Vincensi considera que para o Mato
vereador é para legislar, então trabalhamos Grosso do Sul avançar é preciso investir na
junto com a prefeitura municipal para criar industrialização para agregar valor ao que
projetos em cima do social, principalmente, é produzido aqui, pois o Estado manda pra
buscando atender os mais necessitados de fora a matéria prima e compra de volta o
todos os setores, assim como no esporte, na produto industrializado.
saúde, entre outros setores” diz. “Eu não sei em que posição o Estado está,
Quanto ao seu interesse de disputar as mas a safra de milho, soja, a criação de boi,
eleições 2022, ele frisa que deseja deixar o nós temos que industrializar para dar mão
seu legado para o Mato Grosso do Sul. “Está de obra para esse povo. Em Corumbá, temos
faltando seriedade para muita gente. Temos o ferro que sai para Caxias do Sul e para
que fazer uma coisa mais séria, com mais outros lugares. Porque não industrializar o
comprometimento com os nossos filhos, coro do boi, o algodão, são produtos que
nossos netos e o nosso povo. Eu não sei se houvesse a industrialização, agregaria
se eles pensam individualmente, eu vejo valor ao que aqui é produzido, trazendo
por exemplo, quando se sai pela BR-163 é mão-de- obra, geração de emprego e renda.
a mesma coisa. Fizeram um contrato com Tudo vai para fora, não temos indústrias no
a CCR-MS/Vias para 20 anos e vemos que Mato Grosso do Sul. Não temos a industria-
foi feito pouco investimento na melhoria lização do minério, não temos de algodão.
da rodovia, mas os pontos de pedágios Isso precisa mudar” sentencia.
funcionam normalmente. A duplicação foi Em Corumbá, segundo David Vincensi, “o
feita em pequenos trechos. Quando saímos minério dá para fazer asfalto, panela e onde vai
de Dourados para Campo Grande levamos esse resto não dá para plantar nada. Estamos
cerca de meia hora para entrar e meia hora fazendo estudo sobre esse material e tem
para sair da cidade. Ninguém faz a dupla, diversos produtos que podem ser feitos com
ninguém pede, não sei se têm o rabo preso o ferro” finaliza.
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