Page 30 - JornalJunho2020(11ªEdição)
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Jornal Escolar do Agrupamento de Escolas de Monção                                                 junho 2020

                                                      Escola Básica de Pias



              Conhecer a horta                              Carnaval entre Amigos
                                                         Desde há muito que os utentes do Centro
         O dia em que foi desvenda-                    Paroquial e Social Padre Agostinho Caldas
       do o mistério dos pneus…                        Afonso se habituaram ao cortejo de Carna-
         Estava sol quando os meni-                    val  com  os  alunos  da  nossa  Escola.  Este
       nos regressaram à sala, mas                     ano não foi diferente.
       vinham num estado de indig-                       Na manhã a seguir ao cortejo efetuado na
       nação  tal,  por  não  poderem                  vila,  as  nossas  crianças  voltaram  a  vestir-
       brincar com os pneus, falan-                    se  para  desfilar  pela  freguesia,  rumo  ao
       do  todos  ao  mesmo  tempo,                    Centro  de  Dia.  Aí  chegados,  e  como  tem
       não  se  conseguindo  contro-
       lar e eu cada vez a entender
       menos o que eles me queri-                                                                     sido  hábito,  os  nossos  amigos  velhinhos  já  nos
       am  contar.  Certamente  já                                                                    esperavam ansiosos! Primeiro desfilaram as crian-
       cansados de falar, falar e eu                                                                  ças ao som de muitos aplausos dos utentes e pes-
       sem nada compreender, dis-                                                                     soal do Centro, e depois foi a vez deles desfilarem
       seram-me: - anda connosco,                                                                     para as crianças, professores e assistentes opera-
       anda; pegaram-me na mão e                                                                      cionais da Escola. Têm sido sempre um êxito estes
       toca  andar  para  o  recinto                                                                  desfiles, onde a alegria reina de ambas as partes e
       exterior  onde  brincam  no                                                                    onde  se  sente  o  carinho  e  a  verdadeira  relação
       intervalo de almoço. Ao chegar apresentaram-me                                                 entre gerações. As imagens falam por si!
       a  batoneira  (betoneira),  a  alisadora  (rolo  cilíndri-
       co) e sinceramente já não me recordo dos demais
                       nomes utilizados pelos meninos    Dia Mundial da Língua Portuguesa               DRAMATIZAÇÃO DA HISTÓRIA
                       da “primária “na horta e que não    por P1A (trabalho realizado na modalidade E@D)       “KIKO E AS MÃOS”
                       os deixavam brincar. Eles queri-                                                Observação das crianças - interiorização da regra
                       am  tanto.  Explicaram-me o  que   Nascemos  sem  pala-                                      “aqui ninguém toca”
                       faziam aos pneus para se trans-  vras,  num  choro  que  se
                       formarem  em  todos  aqueles    mistura com amor e ner-
                       objetos  e  como  trabalhavam   vos.  Palavras?  Nenhu-
                       depois.  Como  se  sentiram  bem   mas.  Devagar,  aprende-
                       a  trabalhar  lá  na  horta  nesse   mo-las  e,  com  elas,
       momento, como desfrutaram de toda a liberdade   aprendemos a língua portuguesa.
       que lhes foi permitida (não estragar nada), expli-  Quando perguntei aos alunos e Encarregados
       cando um por um, todos os pormenores da obser-  de Educação o que é ser português ou viver em
       vação  feita  aos  colegas  grandes.  Regressaram   Portugal houve sempre um denominador comum
       tranquilos  e  satisfeitos  à  sala,  não  se  cansando   nas suas respostas: ser português é bom, é ra-
       de afirmar que eu afinal percebera.             zão de orgulho, é saber ser livre, é ser feliz. Ser
                                                 PJ2   português  é  aquilo  que  nos  é  mais  natural,  é
                                                       falar  português.  Houve  quem  citasse  Fernando
                      A Primavera                      Pessoa:  “Minha  pátria  é  a  língua  portuguesa.”
                                                       Houve quem recuasse no tempo e relembrasse
         A primavera é uma estação do ano muito boni-
        ta. Aparecem, no jardim, borboletas muito colori-  a nobreza das nossas descobertas. De facto, o
        das, flores e passarinhos que cantam muito.    português  fez-se  ao  mar.  Dos  milhares  de  lín-
         Nesta época do ano, as árvores ficam floridas e   guas da Terra, só uma minoria tem uma forma                                           PJ2
        o sol está mais brilhante.                     escrita.  Temos  essa  sorte.  O  Português  é  a
         Também se usam roupas mais leves, pois está   quinta língua mais falada no mundo e fala-se em            Dia do Planeta
        mais calor.                                    todos os continentes.
         O céu está mais claro e as abelhas aproveitam   Para os alunos que vieram viver para Portugal,
                          para  recolher  o  pólen  das   é  calmo,  é  seguro,  é  bom.  E  falar  o  português
                          flores.                      tem  os  seus  desafios!  Ser  português  tem  os
                          Na  primavera  toda  a  gente   seus desafios! A saudade é só portuguesa, não                                         P4A
                          fica mais contente e a paisa-  há nenhuma língua no mundo que consiga dizer
                          gem mais bonita!             "saudade".  E  eu  acrescento,  tampouco  têm  o
                                 Beatriz Rodrigues, P2A   Fado.
                                                                                                P1A


                                                               Lendas de Monção


             A lenda da Igreja dos Milagres            a situação do filho e pediu a Nossa Senhora que o   O seu nome era Jorge.
                                                       curasse e prometeu construir uma igreja grande.   Ele, mais tarde, esforçou-se e tornou-se num
         Em Monção, na freguesia de Cambeses, há um
       santuário da Nossa Senhora dos Milagres.         As suas preces foram ouvidas, o rapaz ficou cu-  valente guerreiro.
         Havia uma mulher fidalga que se chamava Eulá-  rado e a D. Eulália cumpriu a promessa, erguendo   Um dia, ele andava a passear e ouviu um grito
       lia, que tinha esmero nas riquezas deste mundo e   o Santuário da Senhora dos Milagres.         desesperado.
       na educação dos filhos.                                                         Guilherme, P3A   Ele foi em direção àquele pedido de ajuda, quan-
         Um dos filhos chamado Damião era uma criança                 Lenda da Coca                    do lá chegou, viu um terrível animal e uma bela
       feliz e brincalhona.                             Era uma vez um jovem bondoso, disponível e     donzela.
         Um dia, num jantar de família, ele puxou a toalha   com grandes atitudes que nasceu de uma família   Esse monstro era um enorme dragão que tenta-
       da mesa e partiu a loiça toda.                  rica.                                           va devorar a jovem.
         A mãe ficou zangada e disse que ele devia ficar   Desde pequeno, ele gostava de armas, derrota-  Ele lutou contra o terrível monstro e venceu-o.
       tolhido toda a vida de pés e mãos.              va batalhas complicadas com os inimigos e nunca   Assim, o desejo de vencer o mal e fazer reinar o
         Assim aconteceu. A mãe ficou desesperada com   perdia nenhuma.                                bem, ficou reconhecido pelo seu ato de bravura.
                                                                                                                                         Jéssica, P3A
                                                                            30
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