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uma exposição na Casa Museu João Soares, nas Cortes (Leiria), onde
                        ressalta a representação do castelo de Leiria (à dir.).
                            Até o próprio D. Pedro V, em 1852, precisamente a 20 de abril,
                                                                    2
                        desenhou o castelo, como ele relata no seu diário , mas não parece que
                        esse desenho tenha chegado até aos nossos dias, pois não se encontrou
                        até hoje. No entanto, no seu diário ele regista que Leiria não lhe “deixou
                        muitas saudades; ruas estreitas e pouco limpas, as casas mal
                        construídas e como sobrepostas umas ás outras, não podem agradar
                        a quem em tudo deseja a civilização. Além disso o carater da gente
                        não me agradou muito. Talvez… calo-me por prudência”.
                            Não incluímos algumas gravuras, publicadas em finais de novecentos,
                        representando, por exemplo, a Sé de Leiria ou a igreja de S. Pedro, ou
                        ainda o ex-Paço episcopal, pois foram obtidas a partir de fotografias,
                        como aquelas que se encontram na segunda edição de O Couseiro.
                        Cremos poder afirmar que a coleção de gravuras de vistas da cidade de
                        Leiria apresentadas neste álbum contempla o que até hoje melhor se
                        conhece.
                            No que se refere a plantas ou mapas da cidade de Leiria, a primeira
                        representação topográfica que conhecemos é a incluída no mapa que
                                                                                       3
                        permitiu a definição da estrada Rio Maior – Leiria, em 1791 .
                        Seguidamente, encontra-se neste álbum uma planta do castelo, datada
                        de 1809, levantada a “golpe de vista”, e que o Prof. Saul António Gomes
                        encontrou nos arquivos britânicos, pois foi levado para lá junto com o



                        2  Escritos de El-Rei D. Pedro V, coligidos e publicados pela Academia das Ciências de
                        Lisboa. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1923, Vol. I, p. 22.
                        3  CHARTERS-D’AZEVEDO, Ricardo – A Estrada de Rio Maior a Leiria em 1791. Leiria:
                        ed. Textiverso, 2011.



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