Page 45 - Celina - Uma Pérola do Universo - Maria das Graças Paiva_Neat
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AS IGREJAS
Em 1933, o cemitério foi transferido da base para o alto do
morro, de onde se vê toda CELINA, uma visão
privilegiada, se descortina a beleza do lugar, todas as
montanhas em volta, muito verde, tudo calmo, silencioso,
como a proteger aquele pedacinho de chão. Ali abrigados,
estão gente que fez e amou sua terra e não abriu mão de
continuar eternamente vivendo ali.
A subida até lá em cima não é muito fácil, a idéia não sei
de quem foi, mas certamente pensou em armar um belo
palco para os eternos e conseguiu.
No sopé, vestígio do antigo cemitério, ali foi erguida uma
pequena capela, pelo Monsenhor Pavesi, da Paróquia de
Alegre, no ano de 1939, depois demolida para dar lugar à
construção da igreja matriz; quando levantadas as quatro
paredes, preparavam o madeiramento para o telhado uma
ventania derrubou tudo, novamente foram feitas as
paredes e dentro de pouco tempo a igreja estava pronta,
com telhado, forro, assoalho de ladrilhos e bancos;
No altar – mor, a bela imagem de Nossa Senhora de
Lourdes, Padroeira reverenciada com muita festa, a cada
11 de fevereiro – nos nichos laterais as imagens de Santa
Terezinha, São Benedito, São Judas Tadeu e outros;
O material usado nas missas, como o cálice, a patena, o
sacrário, eram todos de ouro reluzente, isso tudo foi
obtido sob a tutela do então Padre Francisco, de origem
alemã, itinerante, que visitava Celina uma vez por mês,
quando realizava batizados, casamentos e aulas de
catecismo. Curiosamente, esse padre desapareceu, pois,
teve problemas com seus paroquianos de Vala do Souza,
hoje Jerônimo Monteiro, aborrecido deixou o Espírito
Santo.
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