Page 256 - Demolidor - O homem sem medo - Crilley, Paul_Neat
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– Grande! Minha mãe pode nos emprestar dinheiro para um escritório.
Contanto que não seja muito chique.
– Nós não vamos precisar de nada chique. Não para o tipo de trabalho que
queremos fazer. Toda aquela coisa que falávamos na faculdade. Todos
aqueles ideais que tínhamos. A gente pode fazer isso, Foggy. Nós dois.
– Então quer tirar na sorte?
– O quê?
– Para saber qual dos nomes vem primeiro na porta. Se é Murdock e
Nelson, ou Nelson e Murdock?
– Vamos alfabeticamente – diz Matt.
– Boa tentativa. Escolhe?
– Cara.
Matt ouve o tinido metálico de uma moeda girando no ar.
– Ah, droga.
A moeda passa voando pelo rosto de Matt e quica algumas vezes antes de
alguém no fim do corredor pegá-la.
Matt se vira lentamente, sentindo um cheiro familiar. Uma presença que
há muito não sentia, mas que nunca foi esquecida.
Stick.
Matt não diz nada. Espera. Stick demora, terminando seu café. Então se
levanta.
– Cuidado com a retaguarda, garoto – ele diz, ao passar por eles. Em
seguida, para na porta. – E a moeda deu coroa. Seu nome vem em segundo
lugar. Lembre-se disso, e não fique convencido.
• • • •
Wilson Fisk olha fixamente pela janela para a neve que cai.
Esta noite, isso não lhe traz nenhum prazer. Porque ele sabe que há outros
lá fora observando a neve e pensando que aquilo é um novo começo. Eles
vão ver a neve como se estivesse limpando a cidade.
Vão encontrar… esperança.
Tudo por causa de um homem.