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                         Em  1978  o  GAC  da  1ª  BMI

                  participou  no  Exercício  MARTE  785,

                  que decorreu no período de 22 a 27 de
                  julho, integrando pela primeira vez um

                  efetivo  já  bastante  significativo,  com
                  21 oficiais, 41 sargentos e 313 praças.

                  Embora  com  algumas  limitações,

                  fundamentalmente  em  material,  este      Figura 3 – GAC na primeira Cerimónia do Dia da 1ª BMI
                                                                               – 06ABR79
                  exercício  permitiu  detetar  e  corrigir              Fonte: (Arquivo GAC 15.5 AP)

                  deficiências pessoais e de conjunto no desempenho do pessoal, e consciencializar sobre
                  alguns dos graves problemas com que a Arma ainda se debatia à época, nomeadamente

                  ao nível da obsolescência dos sistemas de armas que equipavam as várias Unidades de

                  Artilharia (Revista de Artilharia, 1978, p. 491). De 19 a 21 de novembro o GAC participou
                  com uma BBF no primeiro exercício organizado pela 1ª BMI, o ROSA BRAVA 78 (Revista

                  de Artilharia, 1978, p. 99), marcando dessa forma o início da participação em muitos dos

                  exercícios realizados em Santa Margarida ao longo de quase quatro décadas e meia. Este
                  exercício  marcou  igualmente  a  última  utilização  operacional  dos  “velhinhos”  obuses

                  Krupp.

                         Foi  perante  as  referidas  lacunas
                  destes  obuses, que no início de 1979, ao

                  abrigo  de  acordos  de  ajuda  militar

                  estrangeira a Portugal, foram recebidos de
                  Itália  obuses  de  origem  americana  105

                  mm  M101  A1 ,  para  substituir  os  Krupp
                                 6
                                                                        Figura 4 – Obus 105 mm M101 A1
                  (DAA, 1979, p. 132).  Estes novos obuses                Fonte: (Arquivo GAC 15.5 AP)


                  5  A Artilharia participou nos referidos exercícios, integrada na 3.ª DI (PO), para além do GAC da 1ª BMI, com
                  um Comando  de Artilharia  Divisionária (reduzido), organizado pela Escola Prática de Artilharia, com o
                  efetivo de 11 oficiais, 8 sargentos e 44 praças; um GAC 10,5 (-), organizado no RALIS com 22 oficiais, 38
                  sargentos e 168 praças; e 1 GAC de 14 cm (-), organizado no RASP, com 14 oficiais, 32 sargentos e 182
                  praças; num total de 68 oficiais, 119 sargentos e 707 praças (Revista de Artilharia, 1978, p. 491).
                  6  Foram adquiridas duas versões, inicialmente o M101A1 105 mm/22 com alcance de 11 350 metros. No
                  final de 1979 foram também adquiridos obuses na versão Longo com tubo de 32 calibres (M101 A1 L 105
                  mm/32) o qual permitia um incremento no alcance até aos 14 175 metros (Rubim, 2014). Estes obuses
                  equipavam também a extinta Escola Prática de Artilharia (EPA) em Vendas Novas, para a instrução dos
                  quadros e praças, na Academia Militar (AM) em Lisboa para instrução de material aos Cadetes de Artilharia
                  e  na  extinta  Escola  Prática  do  Serviço  de  Material  (EPSM)  em  Sacavém,  para  formar  os  quadros  de
                  manutenção. Originário dos EUA, o Obus M101A1 começou a ser produzido em 1941, tendo participado na
                  2ª Guerra Mundial (na Europa e no Pacifico). É um dos obuses de Artilharia com mais produção, tendo
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