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por útero de substituição. “Também gostaria
de ajudar alguém, caso tivesse oportunidade”,
pensou. Casada com o policial penal Juscelino
Maktub, mãe de três filhos (Crysthal, Brayan e
Ágattha, de 13, 10 e 04 anos, respectivamente)
e madrasta de três (Lucas, Luan e Kauan, de
23, 20 e 17, na ordem), ela sabe bem como o
amor materno é infinito. Era incapaz de ima-
ginar o sofrimento de uma mulher ao tentar
ser mãe e não conseguir.
Em março de 2019, ela e família foram para
uma formatura em Juiz de Fora (MG). Bruna
foi com o marido, o fisioterapeuta Arllen Jun-
queira, primo de Juscelino, direto de Brasília
(DF). Evelyny e Bruna se conheceram ocasio-
nalmente na festa. Após um tempo, o irmão
de Juscelino, Samuel, também policial penal,
precisou ir para Brasília. Hospedou-se na casa
de Arllen e lhe questionou o motivo de não
ter filhos. Disse que ele a esposa tentavam há
oito anos, mas não conseguiam. Bruna ouviu
do médico: ou você adota ou opta por alguém
gerar pra você. Da sua barriga não vai sair ne-
ném! Quem, que há anos batalha para engravi-
dar, deseja ouvir essas palavras? Ninguém, nem
mesmo Samuel que, inconformado, começou
a questionar como poderia contribuir. Ligou
para Evelyny e Juscelino e perguntou se eles
aceitariam ser o casal solidário. A resposta foi
um simples e encantador sim, sem demora, A tão desejada hora do parto
medo ou tabu. A partir dali, dois sonhos seriam
realizados: ser barriga solidária e ser mãe. Uma
verdadeira junção de expectativas e emoções!
Mas, para Bruna e Arllen pegarem o filho
nos braços, todos os envolvidos vivenciaram
longas e dolorosas etapas. Evelyny passou por
consulta e exames em Brasília a fim de atestar
se estava apta para gerar o bebê. Confirmada!
Saudável! Logo, o médico entrou com pedido
de consentimento de gestação de substituição
no CRM (Conselho Regional de Medicina).
Sim, o procedimento precisa ser aprovado.
A Resolução 2.168/2017 do CFM (Conselho
Federal de Medicina) aponta os critérios para
análise. O primeiro deles é o empecilho da
gestação. Ok, a espessura do endométrio de
Bruna era insuficiente para gerar um bebê. O
segundo refere-se à cedente temporária, que Cumplicidade no olhar ...
deve pertencer à família de um dos parceiros
e ser até o quarto grau (mãe, irmã, avó, tia ou
prima). Evelyny não era parente nem de Bru-
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