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CARACTERÍSTICAS





         DA CRISE


















          Recessão                                             Contudo, no biênio 2015/2016 o desemprego disparou
                                                               registrando uma taxa de 8,5% em 2015 e os alarmantes
                                                               11,5% em 2016, representando em números absolutos,
          Desde 2014 quando o crescimento do PIB foi de apenas   12,3 milhões de brasileiros desempregados. E, em março
          0,5% já se obteve sinais de forte recessão. Em 2015, nos   de 2017, o auge, 14 milhões de desempregados! Em abril,
          tempos  do  governo  Collor,  a  economia  contraiu  3,8%   uma  pequena  queda  na  taxa  de  desemprego,  13,6%  ,
          apresentando  a  pior  recessão,  desde  1990.  Mais  uma   fechando  com  13%  em  junho  de  2017,    índice  ainda
          queda forte do PIB em 2016 fez com que a recessão se   muito elevado e que representa o dobro do registrado
          tornasse a pior da história do nosso país. O PIB per capito   antes da crise, em fevereiro de 2014.
          caiu 11% nesse período. Somente no primeiro trimestre
          de  2017  registrou-se  um  aumento  do  PIB  de  1%,  o
          primeiro desde o início de 2015.




          Rombo das contas

          públicas



          Sob influência da recessão desde 2014 registrou-se o
          rombo  nas  contas  públicas.  Este  fenômeno  ocorre
          quando o governo gasta mais do que arrecada.  Em 2015   Crédito e imagem
          as  contas  do  setor  público  registraram  um  déficit
          primário 32,5 milhões.   Em 2016 o déficit foi maior   internacional
          ainda, fechando em 155,8 bilhões o valor em que as
          despesas  do  setor  público  superaram  as  receitas  com
          impostos e tributos.                                 Em 2015, com as dificuldades políticas em implementar
                                                               o ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma e a previsão
          Desemprego                                           de déficit orçamentário, o Brasil teve sua nota rebaixada
                                                               para o nível especulativo (BB+) pela agência americana
                                                               de classificação de riscos, Standart & Poor's. Embora,
          Em 2014 não havia sinais de aumento do desemprego    outras  agências,  como  a  Moody's  e  a  Fitch  tenham
          cuja taxa ficou em 6,8%, menor  que as dos dois anos   mantido suas notas, houve uma perda de confiança no
          anteriores. E no encerramento do ano registrou-se uma   Brasil, por parte dos investidores, e a imagem do país no
          taxa de 4,8%, a menor taxa de desemprego desde 2003.   exterior ficou prejudicada.

          10 - Revista Mulheres - Agosto 2017
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