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Grupo de motociclistas da AMMU


                  Elen Betânia de Oliveira Sena, 46 anos, é uma das di-
               retoras da AMMU há seis anos e amante de duas rodas
               desde a década de 80. A paixão começou com um seriado
               da televisão denominado “Chips”, em que dois guardas
               pilotavam motos. Ela possui uma moto modelo Custom,
               viaja pelo Brasil inteiro e leva para dentro da AMMU a
               voz ativa da mulher na categoria. “Graças a Deus já existe
               um legado grande de mulheres dentro do motociclismo
               no Brasil”. Quando pego minha negona e desbravo essas
               estradas do país, fazemos parte da paisagem maravilhosa e
               não apenas passamos por ela. E essa sensação é indescri-
               tível”. Betania afirma que o perigo sempre existe, além do
               machismo que ainda permeia no meio. Porém, ela tira de
               letra todas as dificuldades, pois o amor pelo motociclismo
               é maior! “Queremos quebrar um pouco esse preconceito
               que muitas pessoas ainda têm quando vêem motociclistas
               vestidos de preto, com símbolo de caveira, que é o sig-
               nificado de que, quando morremos, não existe distinção,
               somos todos iguais, independente de raça, credo, nível so-  Elen Betânia de Oliveira Sena
               cial, esse é o verdadeiro significado da caveira”.
                  Vários projetos estão sendo desenvolvidos para realizar
               juntamente com a prefeitura de Uberaba, tendo em vista
               que um grande encontro, a nível nacional, deverá aconte-  grupo cresceu e chegou a 35 participantes. En-
               cer ano que vem. Sem contar com toda mobilização feita   tre “rolês” e grandes viagens, o contraste entre a
               durante todo o ano, como Outubro Rosa, Setembro Ama-     delicadeza da mulher e a robustez das máquinas
               relo, Novembro Azul, Campanha de doação de sangue, to-   causam admiração por onde passam.
               dos visando auxiliar a população de Uberaba.                “Temos trabalho, famílias e muitos compro-
                  “Tenho orgulho de ser mulher e estar no motociclismo.     missos, mas sempre encontramos um tempinho
               Existe uma frase que usamos muito dentro dos grupos,     para a mototerapia. Em cada rolê nos abastece-
               que é: A união faz a força, juntos somos mais fortes e, com   mos de alegria, autoconfiança e energia positi-
               isso, podemos ajudar muitas pessoas”.                    va”. É o que conta Elza Maria Tavares Corrêa, 69
                                                                        anos, pecuarista aposentada e motociclista há 45
                  LADIES DO CERRADO                                     anos. “Sempre apaixonada por moto, tive um es-
                  Só o nome sugestivo já diz tudo. Mulheres apaixonadas   poso, também motociclista, que me incentivou
               pelo motociclismo, estradas e novas amizades formam o    muito a pilotar grandes motos. Hoje sou viúva
               Ladies do Cerrado, um grupo criado na cidade de Uber-    e o motociclismo me proporciona uma vida de
               lândia, mas que reúne mulheres de toda região.  Elas são   liberdade e independência. Convido todas as
               loucas pelo motociclismo, estrada e novas amizades, pilo-  mulheres que gostam de moto: venham pilotar
               tas de alta cilindrada, que adoram viagens e aventuras.   com a gente! Seguimos uma conduta de respon-
                  Criado em 2018 por três amigas com o intuito de or-   sabilidade e segurança de pilotagem. É só curtir
               ganizar passeios  e  inspirar  o  motociclismo  feminino.  O   e ser feliz.”


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