Page 43 - 20ª EDIÇÃO REVISTA MULHERES - ALTA RESOLUÇÃO
P. 43
GILBERTO DE ANDRADE REZENDE
ex-presidente da ACIU e do CIGRA.
Membro da Academia de Letras do Tri-
ângulo Mineiro.
Após a Revolução de 1930, que levou Getú-
lio Vargas ao poder, somente em janeiro de 1947,
no governo do marechal Eurico Gaspar Dutra, é
que as primeiras eleições em sufrágio universal fo-
ram realizadas no Brasil.
Em Uberaba, o primeiro prefeito eleito pelo
voto popular foi Boulanger Pucci e o primeiro vi-
ce-prefeito, Antônio Próspero. Apesar de ter sido Casal Próspero. Foto - arquivo pessoal
uma eleição desvinculada entre prefeito e vice,
coincidentemente na apuração, a diferença a favor
do primeiro foi de apenas 3 votos (4.936/ 4.933).
Médico, formado em 1933 pela Faculdade de
Medicina de Belo Horizonte, Antônio Próspero, já
temperado pelas lides sindicais da capital mineira,
participou ativamente da política local. Foi, com
Mário Palmério e Wadih Nassif, um dos fundadores
do PTB e o seu primeiro secretário.
Nas eleições municipais de 1950, concorren-
do pelo PTB, Antônio Próspero foi eleito prefei-
to com 4.186 votos. Seu companheiro de partido,
Ovídio de Vito, concorrendo a vice-prefeito, per-
deu a eleição para Paulo Derenusson, da UDN.
Naquele ano, o censo apurou cerca de 70.000
habitantes em Uberaba. Todavia, a soma dos votos
apurados para todos os candidatos para o cargo de
prefeito na eleição foi de 11.200 votos, demons-
trando o desinteresse da maioria da população
pela política.
A gestão de Antônio Próspero (1951/1954),
apesar da escassez de recursos, ficou marcada na
história de Uberaba, pelas conquistas, principal-
mente na área educacional e por fatos inusitados.
Sem dúvidas, o acontecimento mais importante
para a cidade foi a criação da Faculdade de Medi-
cina do Triângulo Mineiro em 1953.
Antônio e Quita. Foto - arquivo pessoal
Mulheres Ed. 20 - 43