Page 153 - REVISTA MULHERES_ULTIMA EDÇÃO
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Fico a pensar quais seriam os caminhos para uma vida melhor e mais feliz
e não consigo deixar de priorizar a GRATIDÃO, como sentimento ou atitude
de reconhecimento e valorização pelos benefícios recebidos, que pode fazer
muita diferença na forma de viver.
E eles são tantos! Depois de tanta experiência difícil e de tantos lutos enfren-
tados, precisamos parar para agradecer por ter um lar, saúde, ter pessoas boas ao
nosso redor e poder contar com elas, ter competências e oportunidades, chances
de recomeçar, poder desfrutar de atos de solidariedade, de coisas que gostamos
e pelas quais sonhamos e, acima de tudo, ter motivos para ser feliz.
Particularmente, costumo dizer que não conheço pessoas gratas infelizes e
nem pessoas infelizes que sejam gratas! Ser grato é um estado de espírito, que
nos ensina a descartar coisas negativas e sentimentos ruins e a focar nas coisas
boas.
Ele, segundo estudos, melhora não só nossa saúde física ao atuar sobre o
sistema imunológico, sono e pressão sanguínea, mas também a saúde mental,
quando reduz inveja, ressentimentos, frustrações e arrependimentos que cau-
sam estresse no dia a dia e, em contrapartida, aumenta a empatia, a generosidade
e a compaixão. E, como se tudo isso não bastasse, ainda reduz a agressividade,
melhora a autoestima e abre portas para novos relacionamentos.
Poderíamos dizer que, viver com gratidão é viver com inteligência emocional,
entendendo como tal, tendo capacidade de viver bem consigo mesmo e com
os outros, de identificar as emoções próprias e alheias, administrar e controlar
os sentimentos, ter sensibilidade e automotivação e saber estabelecer vínculos
positivos e saudáveis.
Numa outra linguagem, poderíamos falar ainda em aproveitar o fato de es-
tarmos sobreviventes para procurar viver o tempo que nos resta com inteligên-
cia espiritual, ou seja, buscando uma vida mais rica e criativa, encontrando um
propósito que dê sentido aos nossos atos e experiências e procurando nortear
nossas ações por valores éticos.
Pessoas espiritualmente inteligentes relacionam-se com Deus, buscam seu
autoconhecimento constante, são guiadas por idealismo, encaram e celebram
a diversidade e são holísticas, procurando compreender os fenômenos na sua
totalidade e globalidade.
Para concluir, fica o meu desejo de que os leitores e leitoras não apenas so-
brevivam, mas vivam intensamente seus objetivos, sonhos e metas com o pé na
realidade, muita vontade e sentimento de empoderamento, atentos para que não
se deixem levar pela auto sabotagem disfarçada de procrastinação, negatividade,
falta de foco e de planejamento ou ainda a preocupação com o julgamento alheio.
Mulheres Ed. 25 - 153
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