Page 48 - A REFLEXÃO 2000 A 2020
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importa o quê. Devemos imitar nossos primos animais, sempre em
         alerta para o perigo, uma única falha e já era. O mundo é uma
         grande roda viva, não para, modifica o ambiente de forma cada vez
         mais rápida. Saber como desfrutar desse ambiente, tornará o homem
         mais sábio, e aumentará sua capacidade de prever os fatos mais
         imediatos. Isso lhe propiciará trazer consigo, já, as possíveis soluções,
         com base nas respostas do ambiente que já lhe é conhecido,
         refletindo sobre suas próprias fases, quem era, quem é e quem será,
         tornando-se sagaz para enfrentar tudo em sua vida, pelo simples fato
         de perder o medo de quem é naquele momento, pois somos uma
         pessoa de cada vez em cada momento de nossas vidas.
                O medo é o fundamentador dos temores, mas podemos
         dominá-lo à medida que deixamos            de temê-lo, apesar de
         continuarmos a senti-lo. As fases de nossas vidas são justamente para
         isso, sabermos quem somos e onde estamos entre um ponto e outro
         de nossa existência.
                Ter medo não é ruim, ele é um alarme natural, o ruim é ser
         dominado por esse medo. Quando isso acontece, perdemos o
         controle da balança-equilíbrio, fazendo com que a mesma penda para
         um dos lados do prato, quebrando, dessa forma, nosso Eu real, o
         que somos      naturalmente,   forçando-nos a tomarmos medidas
         das quais, normalmente, nos arrependeremos mais tarde. Então por
         que correr riscos desnecessários a nossa própria integridade, se a
         natureza já nos dotou de mecanismos de defesa? O que devemos é
         aprender a utilizá-los de maneira cada vez melhor e rápida, assim
         evitar o gosto do fel em nossa boca, simplesmente aprimorando o
         que já nos pertence, utilizando esses mecanismos como ferramenta
         acessório do dia a dia. Parece difícil, mas não é. É, basicamente, uma
         questão de observar e praticar essas técnicas. Estarmos preparados,
         criando as faces (máscaras) para vivermos as situações diárias, os
         locais e o ambiente onde expomos e permutamos nossas energias.
         Não vamos confundir as faces (máscaras), com acessórios da
         dissimulação, o dissimulador, é um falso, oportunista que só vive
         em fuga, tanto dele quanto dos indivíduos que fazem parte do
         ambiente que cria, ao final, perde o próprio caminho e não sabe mais
         quem é de verdade, qual é seu verdadeiro rosto.
                As faces a que me refiro, são as reações de nosso organismo
         ao sermos expostos a um ambiente: trabalho, negócio, família ou
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