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RELATÓRIO DO ENCONTRO
O 13º Encontro das Academias de Letras, Ciências e Artes do Paraná foi inserido na
5ª FLIM, Festa Literária Internacional de Maringá com o objetivo de valorizarmos o escritor
paranaense. Majô Baptistoni, presidente da Academia de Letras de Maringá- ALM, Tiago
Valenciano, secretário da ALM e presidente do Conselho de Cultura de Maringá e eu, Maria
Eliana Palma, oradora da ALM e presidente da ALCA, fazíamos parte da comissão
organizadora da FLIM e vimos aí uma perfeita oportunidade para advogarmos a causa das
Academias. Até então, os acadêmicos, de Maringá ou não, participavam do evento como
palestrantes, oficineiros, mediadores, etc, sem receber qualquer remuneração. Apenas
como contrapartida de nosso stand. Todos os demais escritores eram contratados.
Lutamos para que houvesse também a contratação dos paranaenses, daí a criação
de uma tabela de valores profissionais que propusemos a todas as Academias para que
fosse adotada entendendo-se a ALCA como uma espécie de Sindicato representante dos
escritores como há o dos jornalistas.
A comissão acatou. O Departamento jurídico, não. Foram muitos embates e
estudos até encontrar-se uma fórmula que permitisse, dentro da lei, a remuneração, ainda
que mínima, dos profissionais da palavra que aqui vieram deixar e compartilhar seu saber.
Tudo muito burocrático. Valor pequeno, a ser recebido cerca de trinta dias após o evento e
que, até a presente data ainda não foi pago.
Depois de muito empenho, conseguimos que ao menos, a Secretaria de Cultura custeasse
a hospedagem dos acadêmicos e dos vencedores dos concursos literários da ALM e UBT –
Maringá.
Foi uma conquista, a primeira da ALCA. Pequena, mas importante. Será mais fácil
na próxima vez! O mais importante foi demonstrar que nossos escritores nada ficam a
dever em conteúdo, simpatia e brilho aos "globais" convidados.
Maringá, cidade sede do 13º Encontro! Não foi nada fácil suceder os amigos
procopenses.
Nos esforçamos muito para tentar oferecer aos acadêmicos visitantes uma
acolhida similar. Nunca a amizade e a força acadêmicas estiveram tão evidentes! Os que
vieram de longe para oficinas e outras intervenções nos brindaram com verdadeiros
shows! A prata da casa também brilhou! Cada um no seu estilo, todos escritores, mestres
da palavra, orgulhando o Paraná. A troca, a mostra, o safanão! O despertar, a vontade de
fazer mais demonstraram claramente que os Encontros valem a pena, que a ALCA vale a
pena, mesmo quando não conseguimos realizar muito. Foi dado mais um passo. O que
importa é insistir... persistir... e nunca desistir! Chegaremos longe juntos!
É bom ressaltar que o peso da presença dos acadêmicos paranaenses foi
tamanho, que a Secretaria de Cultura montou um auditório especial, Capitu, com
capacidade de receber 120 pessoas, destinado prioritariamente a atender nossa
programação acadêmica.
Além das palestras, oficinas e estudos, tivemos um dia inteiro reservado para a
troca de experiência das Academias. Ao final, algumas conclusões foram listadas para os
próximos Encontros:
• A - Apenas as Academias que ainda não o fizeram, deverão apresentar o histórico de
sua criação e funcionamento;
• B - As demais deverão utilizar o tempo: 15' para apresentar as atividades que
realizaram durante o ano, compartilhando o que deu certo, para que o exemplo seja
seguido como também o que não funcionou bem, para que, várias cabeças pensantes
possam sugerir novas formas de abordagem da atividade.
• C - Melhor aproveitamento do momento para discutir-se quaisquer dificuldades
pelas quais as academias estejam passando: inadimplência, falta de comparecimento,
etc., para que juntas consigam delinear soluções práticas a todas.