Page 8 - Revista FRONTAL - Edição 50
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EIS A QUESTÃO

        DO FRONTAL À FRONTAL






        AUTOR
            CAROLINA ALMEIDA



























                                                                                DOUTOR ROQUE DA CUNHA (RC)


        1. No tempo em que o Dr. Roque da  2. Como classificaria a sua experiên-  rança Pina, tinha uma organização exigente
        Cunha foi diretor do projeto, este não   cia enquanto diretor do projeto, e parte   naquilo que era a qualidade do ensino, exi-
        era uma revista, mas sim um jornal com o   da equipa?                   gente naquilo que era o respeito pelo papel
        mesmo nome. O que o motivou a aventu-  RC:  Fiz parte da equipa da AECML   dos estudantes, e também de alguma ma-
        rar-se no jornal?                   quando esta começou a aumentar as suas   neira a afirmação na academia. Na altura,
           RC: A questão era que na altura era ne-  ações, nomeadamente na área desportiva   não  havia financiamento  das associações
        cessário um instrumento de comunicação e   e cultural (como por exemplo a criação de   de estudantes. Todo o dinheiro que entrava
        afirmação da associação de estudante (AE-  um coro da faculdade e a dinamização de   provinha da atividade editorial do FRON-
        CML), quer internamente, quer externamente.   concursos de fotografia, e os primeiros pas-  TAL, e este próprio contribuiu para mostrar
        E, portanto, foi necessário arranjar um modo,   sos na formação do grupo de teatro Miguel   a atividade da AEFCML, dando confiança
        que na altura foi muito complicado, de fazer   Torga). Na altura, era a direção da associa-  aos futuros patrocinadores.
        um jornal de modo a afirmar aquilo que que-  ção que coordenava os trabalhos do jornal   No segundo ano do nosso mandato, a
        ríamos perante os professores, a faculdade,   (estando na altura no pelouro a altura do pe-  AEFCML foi determinante na criação da As-
        e à academia, enquanto representação exter-  louro da Dra. Filipa Paixão).  sociação Académica de Lisboa. A nível na-
        na. O jornal consumia muitos recursos, e era   Foi particularmente interessante e enri-  cional, saliento também que foi realizado na
        tecnicamente exigente, mas mantivemos essa   quecedor porque permitia articular e expor a   nossa faculdade, em 1984, o 2ª Congresso
        postura pois quisemos manter estas edições   atividade de uma associação de estudantes   Nacional da Educação Médica, uma organi-
        pelos motivos acima. Na altura não éramos   que quase começou do zero. Isso permitiu   zação que envolvia todas as faculdades, sen-
        reconhecidos enquanto parceiros pela parte   adquirir meios financeiros para a restantes   do esta o embrião do que viria a ser a Asso-
        da direção da faculdade, pois tinha havidos   atividade da associação, e sucessivamente   ciação Nacional dos Estudantes de Medicina
        problemas com a direção anterior, e na aca-  aumentar o espectro de ações e projetos.  (ANEM). Por outro lado, também permitiu a
        demia ainda não nos conheciam.                                          criação Portuguese Medical Student Asso-
           Assim, criamos um veículo de informa-  3.  Quais  foram  os  principais desafios   ciation, que permitiu avançar com a participa-
        ção interna e externa ao mesmo tempo que   que enfrentou ao longo do seu mandato?  ção da ANEM no IFMSA.
        divulgávamos as nossas posições junto   RC: Essencialmente, a afirmação da AE.   Iniciámos também o primeiro passo na
        dos docentes do Ministério da Educação   O reconhecimento por parte da direção da   organização de intercâmbios de estágios in-
        e movimento associativo.            faculdade,  na  pessoa  do  Professor  Espe-  ternacionais. Estes atualmente são bastante


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