Page 149 - Estudo Ambiental_Residencial Vila Soma
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Destaca-se que a solução para melhor desempenho técnico, econômico e ambiental deve ser

                  definida por profissional especialista da área, visto que as estruturas de contenção representam um

                  capítulo à parte na engenharia civil e englobam muitos fatores para sua escolha, como o tipo de
                  solo e suas características, impacto ambiental e a questão social e econômica.


                        Além disso, o art.39 da Lei nº 13.465/2017 (e seus parágrafos) orienta que:


                                         Art. 39. Para que seja aprovada a Reurb de núcleos urbanos informais, ou de parcela deles,
                                         situados em áreas de risco geotécnicos, de inundações ou de outros riscos especificados em
                                         lei,  estudos  técnicos  deverão  ser  realizados,  a  fim  de  examinar  a  possibilidade  de
                                         eliminação, correção ou de administração de riscos na parcela por eles afetada.
                                         § 1º Na hipótese do caput deste artigo, é condição indispensável à aprovação da Reurb a
                                         implantação das medidas indicadas nos estudos técnicos realizados
                                         § 2º Na Reurb-S que envolva áreas de riscos que não comportem eliminação, correção ou
                                         administração,  os Municípios  deverão  proceder à  realocação dos  ocupantes  do núcleo
                                         urbano informal a ser regularizado.


                        Dessa forma, a proposta inicial é a remoção das famílias dos locais em que há risco, visando
                  sua segurança, seguido da necessidade de se conter e estabilizar os taludes, evitando o processo

                  evolutivo dos pontos de erosão que podem, futuramente, levar a um colapso geotécnico.


                        Em relação às áreas de inundação, a região mais afetada por este fenômeno é a várzea do
                  Ribeirão  Quilombo,  que  margeia  parte  do  núcleo.  Segundo  levantamento  realizado  com  as

                  lideranças locais, constou-se que cerca de 400 famílias, que viviam nas áreas na qual a mancha de
                  inundação as atingia, foram removidas há alguns anos pelos próprios moradores. Essas famílias

                  foram reorganizadas dentro do próprio núcleo para que não ficassem sem a sua moradia.


                        Como  proposta  para  minimização  dos  riscos  de  novas  inundações  na  área  de  várzea  do
                  Ribeirão Quilombo, sugere-se o enriquecimento da vegetação da área de preservação permanente

                  e da área de várzea, uma vez que a cobertura vegetal constitui barreira física ao transporte de
                  matérias  (principalmente  as  plantas  rasteiras),  protegendo  o  solo  contra  a  erosão  pluvial,

                  aumentando  a  evapotranspiração  e  a  infiltração,  auxiliando  na  diminuição  da  velocidade  de
                  escoamento, além de permitir que parte da água da chuva seja interceptada pelas folhagens e

                  evaporada, o que contribui para que a outra parte seja escoada pelos ramos e troncos e lentamente
                  percole para o solo (BERTONI, LOMBARDI NETO, 2005).



                        Com  o  processo  de  reurbanização  na  Vila  Soma,  a  superfície  impermeável  aumentará
                  (decorrente de pavimentação e novos lotes) e, com isso, há o aumento do escoamento superficial


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