Page 97 - Estudo Ambiental_Residencial Vila Soma
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Em  áreas  de  com  potencial  de  risco,  as  interferências  antrópicas    podem  aumentar  a
                  probabilidade de ocorrência de algum tipo de evento, como a retirada da cobertura de vegetação

                  que acelera um processo de erosão, corte em aterro, ocupação nas margens de elementos hídricos
                  como curso de água e nascentes, ocupação em áreas geologicamente instáveis e em taludes com

                  inclinação alta, acumulação de resíduos e entulhos, etc.


                        Para a avaliação do risco relacionado a uma área, se pode quantificar o grau do potencial que
                  o local apresenta de ocorrência de um evento desastroso, ou seja, essas áreas de risco podem ser

                  avaliadas em graus de acordo com condicionantes naturais (físicos e bióticos), antrópicos como

                  interferências humanas, adensamento populacional, características das habitações, infraestrutura
                  urbana, clima, recorrência de eventos extremos com potencial danoso e principalmente as feições

                  específicas de cada elemento físico, como exemplificado no quadro 03.


                  Quadro 3.Listagem de controle para diagnóstico de setores de risco e para descrição dos processos destrutivos (versão utilizada na região
                  sudeste)
                   CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL                       EVIDÊNCIAS DE MOVIMENTAÇÃO
                   Talude   natural/corte;   Altura   do   talude;   Aterro  Trincas   moradia/aterro;   Inclinação   de
                   compactado/lançado;  Distância  da  moradia;  Declividade;  árvores/postes/muros;  Degraus  de  abatimento;  Cicatrizes
                   Estruturas  em  solo/rochas  desfavoráveis;  Presença  de  de  escorregamentos;  Feições  erosivas;  Muros/paredes
                   blocos de  rocha/matacões/padredões  rochosos;  Presença  “embarrigados”
                   de  lixo/entulho;  Aterro  em  anfiteatro;  Ocupação  de
                   cabeceira de drenagem                         ÁGUA
                                                                 Concentração de água de chuva em superfície; Lançamento
                                                                 de água servida em superfície; Presença de fossas/rede de
                                                                 esgoto/rede de água; Surgências d’água; Vazamentos

                   VEGETAÇÃO NO TALUDE OU PROXIMIDADES           MARGENS DE CÓRREGO
                   Presença de árvores; Vegetação rasteira; Área desmatada;  Tipo  de  canal  (natural/sinuoso/retificado);  Distância  da
                   Área de cultivo                               margem;  Altura  do  talude  marginal;  Altura  de  cheias;
                                                                 Trincas na superfície do terreno.
                                                                                   Fonte: (Ministério das Cidades 2008)


                        Para o diagnóstico deve-se analisar feições que condicionam fragilidades físicas e ambientais
                  e indícios, assim as áreas de risco possuem uma classificação em 5 estágios, definidos pelo grau de

                  probabilidade de ocorrência de processos destrutivos do tipo deslizamentos (escorregamentos) em

                  encostas  ocupadas  e  desbarrancamento  (solapamento)  de  margens  de  córrego,  mostrados  no
                  quadro 04:






                              Quadro 4. Critérios para definição do grau de probabilidade de ocorrência de processos destrutivos


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