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Figura 9 – Sondagem
realizada no porão
da casa 24, rua São
Francisco, quarteirão
31. Geralmente, sob
o piso de concreto
encontra-se DTC 2.
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Alguns terrenos contíguos apresentam desníveis de conchas etc. (DTC 2). Observa-se uma leve discordância
até dois metros nas cotas dos DTC, o que pode estar separando diferentes unidades (figura 3). Acredita-se
associado à topografia, à espessura do próprio depósito que essa discordância seja consequência do processo
ou ao nível de base, seja em relação à rocha/solo ou à de construção do aterro – fluxo de rejeitos, dispostos
dinâmica fluvial. Nesse caso, o aterro sobre um dique segundo a posição em que foram despejados. Observa-
marginal, que invariavelmente encontra-se em cota se também que em determinados pontos a deposição
superior à da planície de inundação ou à de um canal, é sub-horizontal e em outros com um ângulo de
dependendo da espessura do aterro, também terá uma mergulho de aproximadamente 45 graus, o que pode
cota mais elevada. As figuras 1 a 8 apresentam detalhes indicar o sentido de construção. Depósitos como esses
dos depósitos. foram encontrados a partir de escavações manuais e de
sondagem por percussão (figura 9).
As figuras 3 a 5 mostram o depósito identificado na casa
39, rua 28 de Setembro, quarteirão 31, fundo de vale de 5 Termo adaptado da geologia e que significa “superfície
um afluente do rio das Tripas, onde a espessura é de de erosão ou de não deposição […] pode corresponder
a intervalo de tempo […] variável desde o necessário
nove metros (constatados por sondagem a percussão), à deposição de uma simples camada até muito longo” 111
constituído de restos de louças, cerâmica, ossos, tijolos, (Suguio, 1998, p. 236).
Programa monumenta – IPhan