Page 149 - Livro Adeia

Bernardeth e a mãe Nara. E o que me deixava mais segura era o fato de terem me criado com muita atenção e afeto e acima de tudo sem sentir falta de nada, inclusive de ter convi- vido com meus irmãos biológicos e junto com os irmãos de coração.
Na Instituição aprendi a dividir com o outro tudo o que nos era oportunizado, aprendi a ter empatia com as pessoas, a não desenvolver preconceitos. O fato de ter tido educação espiritual, ajudou-me no processo de entendimento das situ- ações que eu iria enfrentar no decor- rer de minha vida.
Uma das minhas melhores lembranças, dizem respeito a opor- tunidade que recebi da Instituição, aos dezoito anos: cuidar de um grupo de meninas, onde eu pude passar para elas tudo o que de melhor havia recebido, dedicação e muito amor, tanto que até hoje elas estão presentes em minha vida.
Durante esse tempo que estive na Instituição, cuidando do grupo de adolescentes, conheci uma pessoa, com a qual construí minha família. Tive dois filhos que enriqueceram ainda mais minha vida!! E tudo isto
me transformaram na pessoa que sou hoje, sendo muito grata por tudo!!”
Ana Maria Helena Kuhn,
Filha da Aldeia Infantil SOS
“Agradeço por tudo o que me foi ensinado no decorrer da minha vida na Instituição, na qual cheguei com um ano e dois meses de idade, junto com meus irmãos. Lá não me faltou nada, tive carinho e educação do Pai Aldo, da tia Bernardeth, da tia Anto- ninha e de outros tantos.
Lembro das brincadeiras, das festas, da escola, dos veraneios e em especial do convívio com meus irmãos biológicos e com os irmãos de coração. Lembro também dos funcionários que me passaram ensi- namentos e valores, os quais, tenho certeza que na minha família original não teria recebido.
Hoje tenho cinco filhos e um neto. Com a educação que recebi, vejo o quanto aprendi, sendo uma mãe zelosa e amorosa, tratando meus filhos e meu neto com todo o carinho!! “
Andaluzia Kuhn,
Filha da Aldeia Infantil SOS
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