Page 64 - Livro Adeia
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                deixar a família SOS e buscar a “ vida lá fora. Sabíamos que esse início
de vida independente não foi fácil
para nenhum deles. Importante dizer
que, de certa forma, ficava em seus
responsáveis uma situação interna
de incompletude do trabalho. O que
de certo modo nos compensava era
a educação que receberam e por
outro lado, também porque tive-
ram uma iniciação ao trabalho, com
vivências profissionais em aprendi-
zagens informais, que os prepararia
como pessoas, na perspectiva de
inclusão ao mundo do trabalho.
Lembramos que nossos jovens faziam parte da maioria dos jovens brasileiros, que precisa trabalhar mais cedo e não depender da família por muito tempo. Mas essa realidade também apresentava seu lado posi- tivo: nossos jovens amadureceram mais cedo, entenderam que precisa- vam ser protagonistas de suas vidas, logo após os 18 anos, embora tenham todos desejado ficar mais tempo na família, como acontece com os jovens de um modo geral.
De certa forma, essa ruptura precoce era compensada pela atuação do Serviço Social da
o em
Com qualquer família, as portas ficavam
abertas; e não foram tão raros os acolhimentos provisórios, depois de emancipados; e até acolhimento dos filhos deles, quando alguma dificuldade ocorria.”
 64 Aldeia Infantil Brasileira Tipo SOS | O LEGADO















































































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