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Efetivados os trâmites necessários, exatamente quinze dias após  formalizar
                  encerramento do último contrato, justamente com o primeiro e também último
                  cliente da empresa (vinte anos de recíproca parceria, honesta, justa e fecunda),
                  tendo ainda para cumprir período de trinta dias, praxe contratual;  enfartou. Após
                  a fase de internamento, cineangiocoronariografia, exames mil, implantação de
                  um “stent” e alta hospitalar, imediatamente retomou o serviço que tinha que
                  concluir.
                        Fazer bem feito, com responsabilidade e dedicação do início ao fim, sempre
                  foi seu lema.


                             2°. ATO: “INSiGHT” DE SEMEARTE


                        E agora, o que fazer?
                        Enfartada, com a idade longe da adolescência, precisando recomeçar, mas
                  como, com a estima em baixa e desânimo total em alta?
                        Não tardou para a depressão se instalar. Um ano de lágrimas incessantes.
                  Retrospectivas passavam como filme e repetidamente em sua mente. Da cadeira
                  executiva ao leito, foi muito mais rápido que todos os degraus galgados durante
                  os anos trabalhados.
                        Sem  perceber  que  estava  findando  o  ano  cinza,  alguns  pensamentos
                  começaram a surgir como que a rondar possíveis predisposições. Entre alguns,
          SemeARTE  ser fonte a transbordar.
                  estava o de dedicar-se à literatura. Criatividade pessoal e individual onde poderia

                        Ah, “internet” que, se por vezes causa aflição, em outras se faz redenção.
                  Navegando pelo Facebook, entre postagens recebidas, leu uma referência ao
                  Centro Paranaense Feminino de Cultura. CULTURA, foi a palavra do seu despertar.
                        Pronto, teria um passo a ser dado. Entrou em contato por via telefônica e
                  agendou uma visita com a secretária Suzana Villagra.
                        Nada sabia sobre a Instituição. Chegou na segunda-feira agendada,
                  despretensiosa, em vestimenta do cotidiano e sem alarde.
                        Enquanto  Suzana  prestativamente respondia  seus  questionamentos e
                  curiosidades, observou que chegavam pessoas bem vestidas; elegantes no trajar
                  e se comportar. Mostravam-se com um comportamento diferente; espontâneo e
                  leve, sorridentes e cordatos.
                        Num dado instante, entra na sala da secretaria onde se encontrava, uma
                  senhora. A secretária fez as apresentações dizendo: Professora Chloris, a Arriete
                  veio conhecer o Centro e concluiu: Esta é a professora Chloris Casagrande Justen,
                  presidente do Centro Paranaense Feminino de Cultura. Cumprimentamo-nos.
                  Chloris expressou palavras de boas-vindas com a delicadeza que, não sabia, lhe
                  era peculiar e com eloquência a convidou para, em sua companhia, conhecer
                  as instalações físicas e em seguida assistir a Sessão Solene que se iniciaria às 15
                  horas.
                        Nossa, que susto levou!
                        Tinha  entendido  o  porquê  do  movimento  de  pessoas  em  trajes  sociais.
                  Tentou agradecer e declinar, com a mesma gentileza, quando do convite.
                        Sabia não estar trajada de maneira apropriada para a ocasião. Aquela
                  senhora doce e encantadora não aceitou o seu não. Com toda sua aura angelical,
                  insistiu no convite, quase demonstrando o quanto era essencial sua presença no
                  evento. Aceitou o convite, seduzida foi pelo encantamento da dama Chloris.

         98 . Histórico da ALCA e suas afiliadas
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