Page 56 - Reino Silencioso_O Mistério dos Corais Desaparecidos
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O silêncio que se seguiu foi quebrado apenas pelo som do vento batendo nas
    janelas da base. Logo depois, o grupo se reuniu no laboratório de equipamentos.


           Takashi os esperava ao lado de quatro cilindros de oxigênio, lanternas suba-
    quáticas e uma pasta com os mapas antigos da Estação Leste.


           — Todos sabem o que estamos enfrentando — disse ele, enquanto entregava
    um comunicador de pulso a cada um. — A estação está parcialmente submersa, e
    ninguém sabe o que restou lá embaixo. Não podemos confiar nos sensores. Só em
    nós mesmos.


           Marta ajustava as tiras do traje de mergulho com mãos firmes, mas o olhar
    denunciava o nervosismo. Noah testava a pressão do cilindro como quem se prepa-
    rava para um desafio além do físico, enquanto Lívia, com o caderno de mergulho
    cuidadosamente guardado em um saco estanque, ajeitou o broche da ONG preso ao

    colete — um pequeno símbolo de esperança.

           Lá fora, o céu começava a clarear com os primeiros tons de laranja e dourado.

    As ondas batiam com suavidade na base, como se chamassem.

           Takashi olhou para o horizonte e murmurou:


           — Se há algo que ainda pulsa lá embaixo... nós vamos encontrar.


           O grupo assentiu silencioso, estavam todos prontos, o mar os esperava.
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