Page 115 - Teatros de Lisboa
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Salão Foz
Quanto ao combate ao incêndio o “Diario de Lisbôa” noticiava...
«Dois obstaculos surgiram, porém: a falta de agua que só vinte minutos depois adquiriu pressão
suficiente para as mangueiras funcionarem e o alpendre que a Carris cololcou ao fundo da Calçada da Gloria,
fazendo com que desse lado apenas pudesse ser elevada uma escada «Magyrus», da Rua da Gloria.»
O "Salão Foz" tinha, na altura, em cena a revista "Mulheres e Flores" , de Lourenço Rodrigues e Álvaro Leal, e
que no dia seguinte comemoraria a centésima representação. As consequências do combate ao incêndio
estender-se-iam a outros dois estabelecimentos instalados nessa ala do “Palácio Foz” o Club “Maxim’s” e o
“Cinema Central”.
Depois de muitos anos encerrado (desde 1937 salvo erro), foi recuperado e a partir de 29 de Setembro
de 1958 passa a albergar as instalações da “Cinemateca Portuguesa” - fundada em 1948 como “Cinemateca
Nacional” - até 1980, ano em que se muda para as actuais instalações, na Rua Barata Salgueiro, em Lisboa.
A partir dos anos 80 do século XX, o espaço do antigo “Salão Foz” passou a funcionar como
“Cinemateca Júnior”, - e que ainda, hoje, lá se mantém - sendo os filmes mudos acompanhados ao piano,
aliás como acontece também com as outras salas da “Cinemateca Portuguesa”.
A “Cinemateca Júnior” é um serviço da “Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema”, criado em 2007 e
direccionado para os espectadores infantis e juvenis. As actividades têm como base a “Exposição Permanente
de Pré-Cinema”, dando ao público a possibilidade de interagir com os objectos expostos, conhecendo o seu
funcionamento e a sua importância histórica, sensibilizando-o para o cinema, não só como entretenimento,
mas também como arte e memória de uma arte. Aos Sábados à tarde sessão de cinema..
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