Page 3 - Divulgação Aquisições 1.º trimestre 2019/2020
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emuel Gulliver, cirurgião naval e náufrago, acorda em Lilli-
put, onde o tamanho minúsculo dos seus habitantes torna
as suas discussões e preocupações ridículas. Uma segunda
viagem leva-o até ao reino dos gigantes, onde de novo o tamanho
lhe dá uma nova perspetiva do comportamento humano. Depois, de
novo lançado no mar por piratas, Gulliver visita uma série de ilhas
onde a aprendizagem é mal orientada e a imortalidade é algo a la-
mentar. A última viagem de Gulliver leva-o à terra dos houyhnhnms,
cavalos racionais, que partilham o seu domínio com os brutais
Yahoo. Uma sátira corrosiva que abrange todos os aspectos da hu-
manidade.
Aqui, encontra-se o mundo. Gulliver, um inocente médico inglês,
transforma-se num intrépido viajante. Naufragando em paragens
desconhecidas, descobre civilizações fantásticas, excêntricas, mas
também a cupidez, a inveja e a intriga. Os velhos vícios da humani-
dade, satirizados pelo olho cirúrgico de Swift, o grande ironista, numa prosa magnífica.
A
menina Júlia, depois de ter rompido com o noivo, não
acompanha o pai numa visita a casa de parentes e passa a
noite de S. João na sua propriedade na companhia dos cria-
dos que festejam a noite mais curta do ano. Durante o bai-
le, inicia uma relação tempestuosa com João, o criado do Senhor
Conde, o qual está noivo de Cristina, a cozinheira da casa.
Desejo, recalques, ódios, atracção e repulsa, conflitos de poder, de
humilhações, o choque violento das classes sociais e dos sexos, tudo
povoa uma noite trágica que conduzirá fatalmente à derrota de uma
das partes em confronto. Um texto clássico da literatura dramática
universal, pedra de toque de todo o teatro moderno.
os confins do interior Sul do Brasil, numa pacata família de
judeus que desbrava o mato para erguer uma fazenda,
nasce um estranho ser que, pela sua singularidade, está
N nado a um percurso singular. É um centauro, metade
desti
homem metade cavalo. A estranheza da sua aparência afasta-o do
mundo dos homens. A sua alma humana, a sua aspiração de viver
com os outros, amarram-no irresistivelmente à sociedade. Qual pode
ser o destino de um centauro no mundo dos homens?
Através desta fábula Moacyr Scliar, um dos mais destacados escrito-
res brasileiros contemporâneos, expõe de modo exemplar perante os
nossos olhos a contradição entre a nossa condição de ser social e a
necessidade de afirmação da nossa individualidade. Revelando uma
imaginação fulgurante, que cria as situações mais inesperadas e as
resolve do modo mais feliz, com um estilo rico e fluente, O Centauro
no Jardim, que a Caminho agora reedita, será uma revelação para
muitos leitores portugueses. Com este romance Moacyr Scliar obteve o prémio da Associação Paulista
dos Críticos de Arte de 1980 para a melhor obra de ficção.