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Minha história não é diferente da
de outras companheiras que fizeram
da indignação com a condição de
vida e o tratamento imposto a elas
combustíveis para a ação. Comecei a
trabalhar em 1979, quando tinha seis
anos de idade, numa pedreira na
Bahia. Aos nove, fui para a colheita
de café, e aos onze já estava no
emprego doméstico.
Cheguei em São Paulo em 1985
e voltei a trabalhar como doméstica.
Três e as angustias geradas por um
trabalhamos depois, mudei-me para o
Rio de Janeiro, onde, na mesma
profissão, vivi as dores o que exige
muito e que, se hoje é pouco
reconhecido, imagine naquela época.
Em 1990 retornei para São Paulo em
busca de novas oportunidades, e
permaneci no trabalho doméstico até
1992. Foi em Taboão da Serra que
tive a oportunidade de conseguir um
emprego numa metalúrgica.
Foi lá que me confrontei com o
debate sobre saúde e segurança e
com a necessidade da participação
da mulher na luta por direitos
trabalhistas, vivenciado dentro da
fábrica e também no Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região.
Vi que era preciso mais e que o
terreno da luta social está aberto para
ser explorado porque as
reivindicações são muitas e exigem
empenho e dedicação. O espaço de
minha atuação extrapola a diretoria
do Sindicato dos Metalúrgicos de
Osasco e Região, que apoia e
defende questões fundamentais,
como a política de cotas para negros,
a presença das mulheres em cargos
diretivos e insere essas temáticas no
debate e na ação com a categoria e
com a sociedade.
53MAIO 2017