Page 59 - CIÊNCIAS DA NATUREZA
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            em associação, o que é vantajoso para ambos. O caranguejo-eremita abriga- se em conchas vazias de caramujos, nas quais protege seu abdome, que é delicado e desprovido de carapaça. Em seus deslocamentos pelo fundo do mar, o caranguejo arrasta consigo a concha que lhe serve de casa, abandonando-a apenas ao trocá-la por outra maior. Sobre as conchas ocupadas pelo eremita é frequente encontrar uma ou várias anêmonas-do-mar, que se beneficiam da associação com o caranguejo por ganhar mobilidade e aproveitar eventuais sobras de comida. O caranguejo-eremita, por sua vez, beneficia-se dos mecanismos de defesa das anêmonas-do-mar, cujos tentáculos têm células urticantes, capazes de causar danos em eventuais inimigos.
Outro exemplo de protocooperação é a relação entre alguns grandes mamíferos, como bois, búfalos, rinocerontes e pássaros que convivem com eles, comendo seus carrapatos. Há vantagens tanto para o mamífero, que se livra dos incômodos parasitas, quanto para o pássaro, que obtém alimento com facilidade.
Capítulo 14 - Comunidades Biológicas
INQUILINISMO
O inquilinismo é a relação em que uma espécie “inquilina” vive sobre ou no interior de uma espécie que lhe serve de suporte (hospedeira), sem prejudicá-la. Orquídeas, bromélias e samambaias que vivem sobre outras plantas são exemplos de inquilinismo. As plantas inquilinas são, nesses casos, genericamente chamadas de epífitas (do grego epi, sobre, e phytos, planta). A vantagem das epífitas em crescer sobre árvores de grande porte é obter maior suprimento de luz para a fotossíntese, principalmente nas condições pouco iluminadas do interior das florestas.
HERBIVORISMO
O herbivorismo é a relação em que os animais herbívoros comem plantas. Do ponto de vista individual, há prejuízo para as plantas e benefício para os animais que se alimentam delas. Essa relação, entretanto, é uma das mais importantes na natureza: é por meio do herbivorismo que a energia captada da luz solar pelos produtores pode passar para os demais níveis tróficos das cadeias alimentares, como vimos no capítulo anterior.
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