Page 61 - CIÊNCIAS DA NATUREZA
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            MUTUALISMO
Capítulo 14 - Comunidades Biológicas
   O mutualismo é um tipo de associação em que ambas as espécies que interagem obtêm benefícios. Difere da protocooperação pelo fato de ser permanente e indispensável à sobrevivência dos indivíduos associados; relembre que, na protocooperação, os indivíduos das espécies participantes da relação podem viver associados ou não.
Um exemplo de mutualismo é a interação de certas espécies de cupins de madeira com bactérias e protozoários que habitam seus intestinos. Os cupins são incapazes de digerir a celulose da madeira que ingerem, o que é feito pelos microrganismos que vivem em seu tubo digestivo. Os microrganismos dependem igualmente da associação, pois sobrevivem somente no tubo digestivo dos cupins.
PARASITISMO
 Outro exemplo de mutualismo é encontrado nos liquens, organismos formados pela associação de certos fungos e certas algas (ou cianobactérias). As algas (ou cianobactérias) produzem matéria orgânica por meio de fotossíntese, alimentando o fungo. Este, por sua vez, absorve água e nutrientes, necessários às algas. As algas e os fungos que constituem os liquens sobrevivem em locais onde nenhuma das duas espécies poderia viver isoladamente.
Parasitismo é o tipo de interação em que uma espécie parasita se utiliza de outra — a espécie hospedeira —, como moradia e fonte de alimento, causando-lhe prejuízos. Em geral, espécies parasitas e hospedeiras estão bem adaptadas umas às outras, de modo que a relação causa poucos prejuízos ao organismo parasitado. Se o parasito matar o hospedeiro, ele também morrerá. Portanto, a tendência é que a relação parasitária se torne equilibrada ao longo das gerações.
Outro exemplo importante de mutualismo é a associação entre determinados fungos e as raízes de certas plantas, formando as chamadas micorrizas (do grego, mycos, fungo, e rhizos, raiz). Acredita-se que os fungos facilitem a absorção de minerais do solo, o que beneficia as plantas. Por outro lado, os fungos se nutrem de substâncias obtidas das células das plantas dentro das quais se instalam.
Os organismos parasitos podem viver na superfície externa do hospedeiro — nesse caso sendo chamados ectoparasitos (do grego ectos, fora) — ou no interior do corpo do hospedeiro — nesse caso sendo chamados endoparasitos (do grego endos, dentro). Exemplos de ectoparasitos são piolhos e carrapatos, e de endoparasitos são as lombrigas, solitárias, bactérias, vírus e muitos
outros.Há animais ectoparasitos de plantas, como os pulgões, por exemplo, que sugam seiva elaborada dos vasos liberianos com suas longas trombas. Há também plantas parasitas de outras plantas. O cipó-chumbo, por exemplo, é uma planta parasita de cor amarela, sem folhas nem clorofila, com aparência de “fios-de-ovos”, que cresce sobre outras plantas. O cipó-chumbo é dotado de raízes especializadas, capazes
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