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                         Próprios e comuns – Dividem-se os substantivos em próprios e comuns,

                  divisão que pertence a planos diferentes.
                         SUBSTANTIVO PRÓPRIO é o que se aplica a um objeto ou a um conjunto

                  de  objetos,  mas  sempre  individualmente.  Isto  significa  que  o  substantivo

                  próprio se aplica esse objeto ou a esse conjunto de objetos, considerando-
                  os  como  indivíduos.  Assim,  um  nome  como  João,  Isabel  ou  Açores  só

                  acidentalmente  se  aplicará  a  várias  pessoas  ou  ilhas  não  porque  estas

                  apresentam características comuns que as identifiquem como membro de uma
                  classe ou conjunto específico.

                         Por isso cada João, cada Isabel e cada Açores é uma pessoa ou ilha

                  considerada  como  indivíduo  inconfundível  para  as  demais  pessoas.  São
                  materialmente  idênticos,  mas  se  aplicam  a  indivíduos  diferentes.  Se  por

                  palavra se entende significante (expressão) + significado (conteúdo), dois ou
                  mais nomes do João ou Isabel não representam a rigor uma só palavra.

                         Os substantivos próprios mais importantes são os  antropônimos e os
                  topônimos. Os primeiros se aplicam às pessoas que, em geral, têm prenome

                  (nome  próprio  individual)  e  sobrenome  ou  apelido  (“que  situa  melhor  o

                  indivíduo  em  função  da  sua  proveniência  geográfica  [Frei  Henrique  de
                  Coimbra], da sua profissão [Caeiro], da sua filiação (patronímico) [Soares,

                  filho  de  Soeiro],  de  uma  qualidade  física  ou  moral  [Diogo  cão],  de  uma

                  circunstância de nascimento [Neto]”).  Os topônimos se aplicam a lugares e
                  acidentes geográficos.



                         SUBSTANTIVO  COMUM  é  o  que  se  aplica  a  um  ou  mais  objetos

                  particulares que reúnem características inerentes a dada classe: homem, mesa,
                  livro, cachorro, lua, sol, fevereiro, segunda-feira, papa.

                         Os cinco últimos exemplos patenteiam que há substantivos comuns que
                  são nomes individualizados, não como os nomes próprios, mas pelo contexto

                  extralinguístico  e  pelo  nosso  saber  que  nos  diz  que,  no  contexto  “natural”

                  nosso  só  há  uma  lua,  um  sol,  um  mês  fevereiro,  e  um  só  dia  da  semana
                  segunda-feira, e, no contexto “cultural” só há um papa.

                         Se  forem  escritos  com  maiúscula,  deve-se  o  fato  à  pura  convenção

                  ortográfica, e não porque são nomes próprios. Nomes empregados no plural
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