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Finito-eterno
I.
Quando nascemos, Deus nasce conosco.
Quando morremos, Ele morre junto.
Como ninguém nasce e morre para si,
Deus é esse finito-eterno em cada um de nós.
II.
Morrer bem pode ser voltar ao que éramos
(ao que não éramos) antes de cada um nascer.
Mas isso não vai acontecer, pois, como ninguém
nasce nem morre para si, viver já é a nossa
eternidade e dela não há para onde ir!
III.
Deus é uma das respostas
que o ser humano dá a uma
espiritualidade que lhe é inerente.
Essa espiritualidade explica, em grande parte,
a aparente contradição observada em um mundo
repleto de deuses e de “ateus”, os quais ignoram,
muitas vezes de forma mais dogmática do que pragmática,
a espiritualidade que nos é inerente.
IV.
Não vou para o inferno nem para o céu:
sou humano, não réu!
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