Page 2 - ASAS PARA O BRASIL
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Jonathan Livingston sempre foi entristecido por não ser nem um
albatroz nem um pelicano, em suma, para ser dotado nem para o looping
nem para um voo planado. A paixão do voo leva o jovem Jonathan a
transgredir todos os proibidos, e especialmente as leis do clã. Isso vai levá-
lo a liderar uma existência totalmente extraordinária, onde os períodos
escuros alternam com as manhãs quando "o ouro de um novo sol
estremeceu sobre as rugas de um mar Pacífico." Jonathan Livingston, a
gaivota, Richard Bach.
Gaivota -Aprender a voar para aprender a ser livre. Não tenha medo, exceder seus limites, não levar uma vida de tédio e
raiva; ser si mesmo, livre e sem restrições.
PREFÁCIO
Não existe vida banal, principalmente quando se trata a de um
francês que escolheu viver no Brasil. A de Patrick não foge à regra. Nestas
páginas, através de aventuras às vezes rocambolescas, descobrimos uma
figura fora do comum.
Quando ainda era um bebê, fugiu de sua pátria diante do espantalho da
ocupação hitleriana. Ele atravessou o Oceano Atlântico, desembarcou no
Rio. E foi num “Nido de Águia” (ninho de Águia) da Cordilheira dos Andes,
no Chile, que ele tentou alfabetizar-se ao mesmo tempo em que se livrava
de uma sequela de difteria.
Foi durante este período que a personalidade ultra autoritária de seu pai o
levou a fazer escolhas de vida, cujas consequências se estenderão para além
da idade adulta.
Mas foi a França e seus valores ancestrais que o aguardaram em 1946, com
seis anos de idade. O contato com uma mãe devota e musicista forja o seu
caráter e lhe dá o gosto pela música clássica. Uma bênção.