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BOLETIM BIBLIOTECAS DEZEMBRO/2019
B I B L I O T E C Á R I O H O J E
O bibliotecário como arquiteto da informação
(UX/UI)
São competências do bibliotecário: organizar, categorizar e entregar a informação almejada aos usuários.
Desta forma, o profissional deve ter
essencialmente como objetivo em sua atuação e em seus projetos, que o usuário é o motivo pelo qual e
para o qual ele trabalha, devendo atender seus anseios pela busca, pela escolha e aquisição de
informações sobre produtos e serviços, não importando o segmento, do público ao privado, do lazer à
cultura, do comercial ao financeiro, do acadêmico ao científico.
Nesse sentido, o bibliotecário ainda pode atuar como um arquiteto da informação
(UX/UI), em uma área multidisciplinar que emprega conhecimentos provenientes de diversas áreas, como:
design, publicidade, marketing, jornalismo, psicologia, tecnologias da informação e biblioteconomia.
Nesse contexto, o profissional é responsável pela organização e categorização da informação em um
website, tendo em vista a acessibilidade, navegabilidade e usabilidade de produtos e serviços disponíveis
na interface de uma instituição ou organização.
Na área da educação, enquanto especialista (em UX, User Experience ou UI, User Interface), o profissional
deve considerar a experiência do usuário, suas características e os fatores relativos à sua interação com os
produtos, serviços ou sistemas de ensino assim como observar e aplicar conceitos e ferramental
específicos focados na interação daquele usuário com um aplicativo ou software de uma determinada
instituição de ensino. Isto é, há a necessidade da atenção constante aos comportamentos do usuário,
quanto à sua satisfação, frustração e irritação no que refere ao uso de uma interface institucional, por
meio de pesquisas e testes, a fim de que os projetos alcancem positivamente o objetivo principal, que é o
de satisfazer às necessidades desse usuário.
O profissional é responsável pela construção e organização de termos baseados em perfis de usuários,
à
produtos e serviços; inclusive pode contribuir com o desenvolvimento de interfaces, no que se refere
estética também: quanto à aplicação de cores, fontes e ferramentas audiovisuais, entre outros, visando
atender às necessidades e à satisfação de todos os perfis de usuários, independente das condições
auditivas, visuais, motoras e cognitivas.
Maria Cristina Palhares, bacharel em Biblioteconomia pela FESP-SP;
especialista em Língua, Literatura e Semiótica pela USJT; mestra e
doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP; docente no curso
de Biblioteconomia e coordenadora do curso de pós-graduação
Arquitetura de informação do Unifai; Pesquisadora independente de
tecnologias open access, IT, e temas vinculados ao UX/UI e ações com
o livro, a leitura e bibliotecas comunitárias; Ativista Ambiental, Animal,
Social e da Biblioteconomia Social.
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