Page 102 - Cabalá Hermética
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CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 04 – MALKUTH, YESOD, HOD E NETZACH 2.8. Malkuth e o Castelo da Alma
O Castelo da Alma
Santa Teresa D'Ávila, religiosa e mística do século XVI, criou uma metá- fora muito pertinente para os estudantes de Cabalá. Ela compara a jorna- da evolutiva da alma humana a uma caminhada para dentro do “Castelo da Alma". É uma alegoria que vamos utilizar ao longo das 10 sephiroth para ajudá-lo a compreender um pouco mais os arquétipos que essas es- feras vibratórias expressam. D'Ávila (2014) nunca estudou Cabalá e não desenvolve essa correspondência que vamos utilizar. Ela é o resultado de nossa apropriação da metáfora criada por ela e nossas próprias reflexões sobre a Árvore da Vida. Na verdade, ela via a viagem no castelo como uma jornada para dentro e não exatamente para o alto, como ocorre na Árvore da Vida. Para ela, a parte mais divina do castelo é o seu centro.
Quando avistamos um castelo medieval à distância, uma das primeiras coi- sas que conseguimos ver é a Muralha que costuma envolver toda a proprie- dade onde o castelo se localiza. Essa muralha tem um sentido simbólico muito especial, pois ela representa o invólucro protetor que, além de dar segurança para tudo o que se encontra em seu interior, gera um limite cuja transposição o leva a uma nova realidade. Da mesma forma que Malkuth se relaciona com o Mundo Terrestre e o Corpo Físico do Homem, Malkuth tem uma relação com esse “muro", essa “muralha" que dará sustentação para a viagem para dentro, para essa jornada cujo destino é o plano divino.
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