Page 104 - Cabalá Hermética
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CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 04 – MALKUTH, YESOD, HOD E NETZACH
tos são necessários para sair do estado concreto e perceptível de Malkuth até o estado mais abstrato em Kether. Para ilustrar o caminho do retorno usaremos símbolos, imagens, letras hebraicas, planetas, citações de obras e tudo mais que for necessário para expressar estados de consciência ou processos que não podem ser adequadamente expressos em palavras.
Segundo Fielding (1989), em A Cabalá Prática:
“Os símbolos têm graus de profundidade e universalidade, porém eles são meios para alcançar um fim e não um fim em si mesmo. Um mesmo símbolo pode significar muito para uns e pouco para outras pessoas, po- rém quanto mais arquetípico for o símbolo, mais universal será o seu po- der, podendo expressar aspectos ocultos da alma, algo incompreensível ou inimaginável. São ferramentas que ajudam a compreender a natureza da realidade invisível e operar com ela, tanto dentro de nós mesmos quanto dentro da alma da natureza. Os símbolos operam nos níveis interiores e atuam como transformadores de energia, como portões de entrada, criando um canal entre os níveis interior e exterior, ajudando assim o processo de cura ou de integração; encerra uma verdade interior que quando percebida elimina uma barreira, abrindo uma porta para um outro nível de experiência de vida ou de realidade interior”.
Consideremos o ser humano um ser quádruplo, composto de espírito, intelecto, alma e corpo. O espírito costuma compreender melhor os sím- bolos mais simples, abstratos, geométricos como o ponto, a linha, o círcu- lo, o triângulo, pois tratam das causas primeiras do universo. Os símbolos compostos expressam ideias mais elaboradas e falam direto ao intelecto, como a cruz, o ankh, o pentagrama, os sólidos platônicos. As imagens humanas ou de animais possuem significado particulares, relacionados à alma, refletindo pensamentos, sentimentos, emoções ou mesmo um conjunto de ideias associadas como os panteões gregos ou egípcios nas figuras de Hórus, Ísis, Hermes, Afrodite, etc. Assim posto, partindo da consciência objetiva de Malkuth, utilizaremos uma composição de sím- bolos, especialmente escolhidos e ligados entre si como uma corrente, um conjunto dinâmico e organizado como um trajeto visual de tal forma que permita a passagem de um estado de consciência para outro.
3.2. Os Caminhos da Árvore como Experiências
De acordo com Fortune (1995): “A essência de cada Caminho é cons- tituir a união de duas sephiroth. Somente poderemos compreender seu
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