Page 168 - Cabalá Hermética

CABALÁ | CABALÁ HERMÉTICA | SEÇÃO 05 – TIPHERET, GEBURAH E CHESED
sível a ação miraculosa. A arte de curar com a ajuda de forças misteriosas fundamenta-se essencialmente sobre a pureza de alma daquele que cura. O anjo tem um dos pés sobre a terra e o outro na água, revelando assim a natureza das essências. Uma estrada conduz diretamente a certas ele- vações situadas na orla do horizonte, e acima delas há uma grande luz, através da qual se vê, vagamente, uma coroa. Está ali alguma parte do Segredo da Vida Eterna, como é possível ao homem em sua encarnação.
2.3. Netzach – Tiphereth
O 24° Caminho é chamado de INTELIGÊNCIA IMAGINATIVA, assim chamada por conferir uma semelhança a todas as similitudes cria- das e seus harmoniosos aprimoramentos. É um caminho cheio de mis- térios e aquele que os conhece tem um grande poder em suas mãos, po- rém, este poder só chega àqueles que estão realmente preparados. Neste caminho a personalidade compreende sua impermanência existencial, pois vivencia de forma consciente o processo da reencarnação, onde morre num plano e renasce em outro. Em outras palavras, representa a prova no caminho do poder. Corresponde à destruição dos impulsos egoístas com finalidade de uma reconstrução num nível mais elevado de individuação. É denominado “Inteligência Imaginativa“, pois a persona- lidade pode se tornar imagem do princípio espiritual.
A letra Hebraica Nun
A letra hebraica que corresponde ao caminho 24 é Nun, o peixe. No relato bíblico, Jonas desobedeceu a vontade de Deus e fugiu para o mar. Foi engolido pelo grande “nun” ou peixe, passando três dias em seu ventre. Neste período, ao invés da morte, encontrou a vida; em vez de destruição, sai transformado de sua provação, mesmo tendo que apren- der sobre compaixão e perdão. Os peixes foram as primeiras criaturas criadas pelo Eterno no Gênesis 1:22: “Frutificai, multiplicai e enchei as águas dos mares”. O número de Nun é 50. Depois de um ciclo de sete vezes sete (49) vem jubileu representado pelo número 50, onde os escravos eram libertados, as dívidas perdoadas, a terra fertilizada e abençoada. É o número das “portas do entendimento” ou os 50 dias
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