Page 11 - Livro Conto 01
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1º Conto: Laços afetivos enContro, desenContro e reenContro
m se tratando do campo afetivo, temos um breve relato da vida
sentimental de nosso irmão, Raylândio, que acometido pelo
Esentimento de carência afetiva, obteve um grave débito ao con-
trair matrimônio com nossa irmãzinha Sílvia.
Conheceram-se numa manhã primaveril na cidade de São Paulo, mais
especificamente no Bairro do Guarujá.
Contudo, a realidade da vida rotineira foi bem diferente da realidade em
que se conheceram.
No glamour de uma vida social cheia de promessas, promessas
de felicidade, Sílvia percebeu o olhar caloroso e vibrante de Raylândio,
comovendo-se com seus colóquios; formado advogado, filho de famí-
lia de classe média, com muitas perspectivas no campo profissional.
Raylândio percebeu também os traços delicados de Sílvia, cabeleira
cheia e cílios grandes, olhos vibrantes, com um falar harmonioso e
traços bastante delicados, seus cabelos castanhos, feição de menina
com traços de mulher.
Silvia percebia que tinha atraído a atenção de Raylândio e naquele mes-
mo dia não se contiveram, conheceram-se e ficaram juntos, por mais três dias,
em uma casa da família de Raylândio, no interior de São Paulo. Os três dias
foram o suficiente para que os dois se conhecessem melhor e firmassem um
compromisso no campo afetivo.
Dali para frente Silvia e Raylândio já se combinavam para um fazer
parte da vida do outro. Como Sílvia não morava em São Paulo e sim numa
cidade próxima do Rio de Janeiro, os compromissos chamavam-na para que
retornassem para a sua labuta.
Sandra, a mãe de Sílvia, e seu esposo, ao vê-la chegar ao seu lar notaram
algo estranho.
“Já não era a mesma Silvia”, assim pensava dona Sandra.
Contudo, os dias passavam, na madrugada a aurora das cores da na-
tureza se fazia música, aonde quer que estivesse Sílvia cantarolava, elevava
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